O número de casos de dengue, nos meses de janeiro e fevereiro, no município do Rio, aumentaram em 45%, comparado aos dois primeiros meses de 2018. No ano passado, no mesmo período, foram confirmados 689 casos da doença. Neste ano, já são 1.000 casos. O aumento preocupa autoridades em saúde, que fazem um apelo à população para ajudar, cuidando de suas casas e de seus quintais, evitando deixar água parada, criadouro para o mosquito Aedes aegypti.
Para chamar a atenção da população para o combate ao mosquito, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio promoveu, neste sábado (16), o Dia D Estadual de Combate ao Mosquito Aedes aegypti. A ação foi realizada na Praça do Patriarca, no bairro de Madureira, zona norte, e contou com as equipes de saúde do município e do estado. No local foi montada uma tenda, onde as pessoas receberam informações sobre doença e sobre chikungunya e zika. Também ocorreram atividade de promoção de saúde e distribuição de material informativo para a população.
“O Dia D da dengue e de combate às arboviroses tem o objetivo de dar visibilidade a uma questão que tem importância vital à saúde pública. Precisamos de ação unindo população e que os governos trabalhem juntos, atuando nos focos de presença do mosquito, que é a única forma efetiva de prevenção contra essas doenças”, disse Rafael Pinheiro, coordenador em Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Rio.
Pinheiro chamou atenção para a importância de mobilização coletiva, além da ação pessoal de cada um, pois não adianta alguns moradores adotarem cuidados contra a proliferação do mosquito, se os demais vizinhos não fizerem o mesmo.
“No ambiente saudável os mosquitos não se criam, não tem lixo, pneu ou caixa d´água destampada. Isso é uma ação coletiva. Pois se você cuidar do seu quintal e o seu vizinho não, o mosquito vai se reproduzir lá. É trabalho de uma sociedade inteira”, destacou Rafael.
Só no município do Rio cerca de dois mil agentes atuam diretamente na prevenção da dengue e de outras doenças transmitidas por mosquitos. Segundo o coordenador em Vigilância Ambiental, a região da capital onde se verificam mais casos de infestação de mosquitos transmissores é a zona oeste, principalmente nos bairros de Santa Cruz e Campo Grande e suas adjacências.
Historicamente, os casos de dengue aumentam no Rio nos meses de março, abril e maio, que são chuvosos e ainda registram temperaturas altas, propícias à proliferação dos mosquitos. Em todo o ano passado, foram 5.501 casos de dengue, número que poderá ser bem maior este ano, com base na tendência estatística até o momento.