A remissão completa significa que não há evidências da doença no sangue ou na medula óssea.
Leucemia mielogênica aguda (LMA) é um tipo de câncer no sangue que afeta as células que produzem os glóbulos brancos. É uma doença grave que pode ser fatal se não for tratada adequadamente. A LMA é mais comum em adultos acima de 60 anos e tem uma taxa de sobrevivência média de 25% em três anos.
Um novo medicamento experimental chamado CC-486 pode oferecer uma esperança para os pacientes com LMA que não respondem aos tratamentos convencionais. O CC-486 é um comprimido oral que atua impedindo o crescimento e a divisão das células cancerosas.
Um ensaio clínico conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos envolveu 116 pacientes com LMA que tinham recebido quimioterapia ou transplante de medula óssea, mas ainda apresentavam sinais da doença. Eles receberam o CC-486 ou um placebo por 14 dias a cada 28 dias, até que a doença progredisse ou os efeitos colaterais fossem intoleráveis.
Os resultados mostraram que o CC-486 foi capaz de induzir uma remissão completa em 18 pacientes (31%) do grupo tratado, enquanto nenhum paciente do grupo placebo alcançou essa condição. A remissão completa significa que não há evidências da doença no sangue ou na medula óssea.
Além disso, o CC-486 prolongou a sobrevida livre de progressão, que é o tempo em que os pacientes permanecem sem piora da doença, de 1,9 mês no grupo placebo para 4,8 meses no grupo tratado. O CC-486 também aumentou a sobrevida global, que é o tempo total de vida dos pacientes, de 5 meses no grupo placebo para 9,3 meses no grupo tratado.
Os efeitos colaterais mais comuns do CC-486 foram náuseas, vômitos, diarreia e fadiga. Os pesquisadores afirmaram que o medicamento foi bem tolerado pela maioria dos pacientes e que os benefícios superaram os riscos.
O CC-486 ainda não está disponível comercialmente e precisa passar por mais testes antes de ser aprovado pelas autoridades regulatórias. No entanto, os resultados do ensaio clínico são promissores e sugerem que o CC-486 pode ser uma nova opção terapêutica para os pacientes com LMA refratária ou recidivante.
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