O coronavírus, causador da Covid-19, é conhecido por afetar principalmente os pulmões, mas ele também pode ter efeitos graves no sistema circulatório e no cérebro.
Segundo estudos recentes, há uma relação entre o coronavírus e o aumento de casos de acidente vascular cerebral (AVC), uma condição que ocorre quando o fluxo de sangue para uma parte do cérebro é interrompido, causando danos às células nervosas.
O AVC pode ser de dois tipos: isquêmico ou hemorrágico. O AVC isquêmico acontece quando um coágulo sanguíneo bloqueia uma artéria que leva sangue ao cérebro. O AVC hemorrágico ocorre quando uma artéria se rompe e sangra dentro do cérebro. Ambos os tipos podem causar sequelas graves, como paralisia, dificuldade de fala, perda de memória e até morte.
Mas como o coronavírus pode provocar um AVC?
De acordo com os especialistas, existem algumas possíveis explicações. Uma delas é que o vírus pode causar inflamação nas artérias que irrigam o cérebro, favorecendo a formação de coágulos que podem obstruir o fluxo sanguíneo. Outra hipótese é que o coronavírus pode aumentar os níveis de uma proteína chamada Dímero-D, que está relacionada ao risco de coagulação sanguínea.
O mais preocupante é que esses efeitos podem acontecer mesmo em pessoas jovens e sem outras doenças crônicas, como hipertensão ou diabetes. Alguns casos relatados na literatura médica mostram que pacientes com Covid-19 desenvolveram AVCs graves com menos de 50 anos de idade.
Por isso, é importante ficar atento aos sintomas de um AVC, que podem ser facilmente lembrados pela sigla SAMU: sorriso torto, braço caído, fala enrolada e urgência em ligar para o 192. Se você suspeitar que está tendo um AVC, procure atendimento médico imediatamente. O tempo é essencial para reduzir as chances de sequelas e aumentar as chances de recuperação.