O desembargador Olindo Menezes concedeu habeas corpus determinando a soltura do ex-governador Marconi Perilo, que foi preso ontem (10), quando prestava depoimento na Superintendência da Polícia Federal em Goiás.
Perillo foi denunciado na Operação Cash Delivery por suspeita de envolvimento no pagamento de propina a servidores públicos do estado, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Segundo delações de executivos da construtora Odebrecht, o político recebeu cerca de R$ 12 milhões em recursos ilegais entre 2010 e 2014 para favorecer a empresa em contratos.
Em nota, o advogado do ex-governador, Kakay, disse que, desde o inicio, considerou “ilegal, arbitrária e infundada” a prisão de Perillo.
Para Kakay, a prisão, de certa forma, “afrontava outras decisões de liberdade que já foram concedidas nesta mesma operação”. Ele afirmou que “ninguém está acima da lei”, mas condenou “prejulgamentos” e o “uso desnecessário de medidas abusivas”.
Ontem a defesa criticou a prisão preventiva, dizendo que era igual a uma decisão que foi revogada pelo Tribunal Federal Regional da 1ª Região (TR 1).
“Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto [de prisão] do ex-governador Marconi Perillo”, afirmou, em outra nota, o advogado. Com Informações da Agência Brasil.