A doença da urina preta, também conhecida como Síndrome de Haff, é uma condição rara que pode ser causada pela ingestão de peixes ou crustáceos contaminados por uma toxina que afeta os músculos e pode levar a complicações graves, como insuficiência renal.
A doença foi descoberta no início do século passado, na Europa, e desde então tem sido registrada em vários países, inclusive no Brasil.
Os principais sintomas da doença da urina preta são dor muscular intensa, rigidez nas articulações e urina escura, que pode variar de marrom a preto. Esses sinais costumam aparecer entre 2 a 24 horas após o consumo do alimento contaminado. A urina preta é resultado da liberação de uma substância chamada mioglobina na corrente sanguínea, que é eliminada pelos rins. A mioglobina é uma proteína que transporta oxigênio para os músculos e que se desprende quando há necrose muscular.
Ainda não se sabe ao certo como os peixes e crustáceos se contaminam pela toxina que provoca a doença. Uma hipótese é que eles se alimentam de algas marinhas que carregam a toxina. Outra possibilidade é que a toxina seja produzida pelos próprios animais quando eles são mal conservados ou transportados. Os tipos de peixes mais associados à doença são os de água salgada, como arabaiana, badejo e olho de boi.
O diagnóstico da doença da urina preta é feito com base nos sintomas e na história clínica do paciente, principalmente se houve ingestão de peixes ou crustáceos nas últimas horas. Exames de sangue e urina podem confirmar a presença de mioglobina e outras alterações nos rins e nos músculos.
O tratamento da doença da urina preta consiste em hidratação intensa, com soro fisiológico na veia, para evitar a sobrecarga renal e facilitar a eliminação da mioglobina. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos para aliviar a dor e a inflamação muscular. A recuperação costuma ser rápida, mas depende da gravidade dos sintomas e da rapidez do atendimento médico.
A melhor forma de prevenir a doença da urina preta é evitar o consumo de peixes ou crustáceos de origem duvidosa ou mal conservados. Também é importante observar a aparência, o odor e o sabor dos alimentos antes de consumi-los. Caso haja suspeita de contaminação, é recomendado procurar um serviço de saúde imediatamente e informar o que foi ingerido.
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