Imagine que seus pulmões, além de te ajudarem a respirar, servem de casa para uma comunidade de micróbios minúsculos!
Essa comunidade, conhecida como microbioma pulmonar, difere significativamente daquela encontrada no intestino. São menos numerosos e estão em constante mudança.
Em pessoas com doenças como asma, bronquite ou enfisema, os pulmões ficam inflamados e mudam de ambiente, ficando mais amigáveis para alguns micróbios que podem causar problemas. Isso pode levar a mais muco, inchaço e até mesmo fornecer “comida” para essas bactérias.
Estudos sugerem que essa mudança nos micróbios pulmonares pode acontecer antes mesmo de algumas doenças, como DPOC e câncer de pulmão, ajudando no seu desenvolvimento. Se isso for confirmado, esses micróbios podem virar alvos para tratamentos que previnam ou retardem essas doenças.
Ainda não sabemos exatamente qual a composição ideal da microbiota de um pulmão saudável. O que os cientistas observam é que a mesma variedade de micróbios aparece nos pulmões de pessoas com doenças crônicas. As mudanças na quantidade ou tipo desses micróbios são geralmente pequenas e não caracterizam uma infecção.
As novas descobertas sobre o microbioma pulmonar vão além da DPOC e até mesmo dos próprios pulmões. Há indícios de uma ligação entre as células de defesa dos pulmões e doenças no cérebro.
Com o avanço do conhecimento, pesquisadores exploram aplicações práticas, como usar antibióticos específicos, introduzir micróbios benéficos nos pulmões ou usar a microbiota como guia para escolher o melhor tratamento para cada caso.