Atualmente, a medicina moderna oferece tratamentos eficazes para muitas doenças e, graças ao avanço das vacinas, é possível prevenir várias infecções.
No entanto, ainda enfrentamos grandes desafios de desigualdade, que impedem o acesso universal a esses recursos salvadores.
Em contraste, na antiguidade, a ausência desses avanços médicos fazia com que as doenças representassem uma ameaça constante e letal. Segundo Kyle Harper, professor de clássicos e letras na Universidade de Oklahoma, as baixas expectativas de vida daquela época eram em grande parte devido ao impacto devastador das doenças infecciosas.
“Naquela época, faltavam os recursos biomédicos e de saúde pública que temos hoje”, ele explica. Embora a saúde fosse uma preocupação no mundo antigo e progressos médicos fossem alcançados, os tratamentos frequentemente dependiam de práticas questionáveis, amuletos e crenças supersticiosas.
Harper enfatiza que as doenças causadas por agentes microbianos eram um dos principais fatores que influenciavam todas as sociedades pré-modernas.
Tuberculose e Malária na Antiguidade
Hoje, a expectativa de vida média global é de aproximadamente 70 anos e continua a crescer. Entretanto, na antiguidade, a realidade era bem diferente. No Egito antigo, por exemplo, acredita-se que a idade média ao morrer era de apenas 19 anos, em grande parte devido à alta mortalidade infantil. Estima-se que a expectativa de vida média de um homem adulto era de cerca de 25 anos. Na Grécia e em Roma antigas, as expectativas de vida eram ligeiramente melhores, variando entre 20 e 35 anos.
Essas baixas expectativas de vida eram exacerbadas por doenças que ainda hoje representam desafios à saúde pública, como a tuberculose, que tem assolado as populações humanas há milênios.