Você já imaginou uma droga que pudesse frear o avanço do Alzheimer, uma das doenças mais devastadoras e incuráveis do mundo?
Pois bem, essa droga pode estar mais perto do que você pensa. Trata-se do donanemabe, uma nova substância que retarda o declínio cognitivo em cerca de um terço em pessoas com Alzheimer em estágio inicial.
O donanemabe funciona removendo o acúmulo de beta-amiloide no cérebro, uma das principais características da doença. O beta-amiloide é uma proteína que se agrupa em placas entre os neurônios, prejudicando a comunicação entre eles e causando inflamação e morte celular. Ao eliminar essas placas, o donanemabe pode preservar as funções cerebrais e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
A droga foi testada em um ensaio clínico com 257 pessoas com Alzheimer leve a moderado, que receberam injeções mensais da substância ou de um placebo por 18 meses. Os resultados mostraram que o grupo que recebeu o donanemabe teve uma redução de 32% na taxa de declínio cognitivo em relação ao grupo que recebeu o placebo. Além disso, os exames de imagem revelaram que o donanemabe reduziu em 84% o volume de beta-amiloide no cérebro dos participantes.
No entanto, a droga não é isenta de riscos. Cerca de um quarto dos pacientes que receberam o donanemabe apresentaram inchaço do cérebro, um efeito colateral grave que pode causar dor de cabeça, náusea, tontura e confusão. Além disso, a droga ainda não está aprovada no Brasil, e seu custo e disponibilidade são incertos. A empresa responsável pelo desenvolvimento do donanemabe, a Eli Lilly, planeja solicitar a aprovação da agência reguladora dos Estados Unidos ainda este ano.
O donanemabe é um dos dois medicamentos promissores que podem mudar o cenário do tratamento para a demência, junto com o lecanemabe, outra droga que também atua na remoção do beta-amiloide. Ambas as drogas estão sendo avaliadas em estudos maiores e mais longos, que devem confirmar sua eficácia e segurança.
Um dos voluntários do estudo com o donanemabe, Mike Colley, disse que se sente mais confiante e cheio de vida após receber a droga. Ele contou que sua memória e concentração melhoraram, e que ele pode fazer atividades como dirigir, cozinhar e cuidar do jardim sem dificuldades. “Eu me sinto como se tivesse ganhado uma nova chance de viver”, disse ele.
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