As drogas sintéticas são um grande problema de saúde pública, pois são vendidas ilegalmente como alternativas menos nocivas a outras drogas, mas na verdade podem causar danos graves ao cérebro.
Um estudo da Fiocruz Minas revelou como essas substâncias afetam o hipocampo, a região cerebral responsável pela memória, aprendizado e emoções.
Os pesquisadores analisaram os efeitos de dois compostos sintéticos, 25H-NBOMe ou 25H-NBOH, que são derivados da feniletilamina, uma molécula que ocorre naturalmente no corpo humano e está envolvida na regulação do humor e da atenção. Esses compostos são conhecidos por provocar alucinações visuais intensas e alterações na percepção do tempo e do espaço.
Os cientistas expuseram ratos a doses baixas dessas drogas por 28 dias e observaram as mudanças que ocorreram no hipocampo. Eles descobriram que as duas drogas interferiram na formação de novos neurônios, um processo chamado neurogênese, que é essencial para a plasticidade cerebral e a adaptação a novas situações. Além disso, as drogas causaram a morte de neurônios já existentes, reduzindo o número total de células cerebrais.
As drogas também alteraram a expressão de vários genes relacionados à atividade neuronal, à comunicação entre as células nervosas, ao estresse oxidativo e ao vício. Essas alterações podem comprometer o funcionamento normal do hipocampo e aumentar o risco de desenvolver dependência química e outros transtornos mentais.
Os autores do estudo alertam para os perigos que essas drogas representam para a saúde mental e física dos usuários e para a necessidade de mais pesquisas sobre os mecanismos pelos quais elas afetam o cérebro. Eles também sugerem que as autoridades de saúde devem tomar medidas para prevenir o consumo dessas substâncias e oferecer tratamento adequado aos dependentes.
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