A invalidação da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixou o PT diante do dilema entre prosseguir com o nome do ex-presidente, que está preso, ou designar Fernando Haddad, seu candidato a vice, para substituí-lo nas eleições de outubro.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) invalidou a candidatura de Lula após uma sessão de mais de 8 horas, que terminou na madrugada deste sábado (1°).
Os juízes do TSE chegaram a decisão por 6 votos a 1, poucas horas antes do início da campanha no rádio e na televisão, o que pode ser decisivo para o resultado nas urnas.
O TSE também proibiu atos de campanha por Lula, ordenou a retirada de seu nome das urnas eletrônicas e deu prazo ao PT até 12 de setembro para definir um substituto.
A primeira reação do Partido dos Trabalhadores foi de desafio. Em um vídeo postado nas redes sociais, a presidente do PT, a Senadora Gleisi Hoffmann, disse que Lula continua candidato.
“Não desistiremos de Lula. Vamos interpor todos os recursos que estiverem ao nosso alcance para garantir a sua candidatura. Enquanto houver recurso Lula deve ser candidato”, disse ela.
Se Fernando Haddad for designado candidato à presidência, sua companheira de chapa será Manuela d’Ávila, do PC do B, segundo um acordo firmado entre os partidos.
Haddad afirmou que na segunda-feira (3) vai visitar Lula na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente cumpre desde abril uma pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Lula foi condenado em aplicação a lei da Ficha Limpa, promulgada durante sua presidência e que impede um condenado em segunda instância de disputar cargos eleitorais.