A pele é o maior órgão do corpo humano e pode revelar muito sobre a nossa saúde.
Algumas manchas na pele podem ser apenas estéticas, mas outras podem indicar doenças graves que precisam de tratamento médico.
Neste artigo, vamos apresentar alguns tipos de manchas na pele que podem ser sinais de alerta para doenças como câncer, diabetes, colesterol alto, psoríase, lúpus e outras. Também vamos explicar como identificar e tratar cada tipo de mancha, com base em informações de sites especializados em saúde.
Vitiligo, melasma, pitiríase versicolor e leucodermia gutata
Essas são quatro doenças que causam manchas na pele de diferentes cores e regiões. O vitiligo é uma doença autoimune que provoca a perda da pigmentação da pele, causando manchas brancas pelo corpo. O melasma é uma alteração hormonal que provoca o surgimento de manchas escuras no rosto, principalmente nas bochechas, testa e buço. A pitiríase versicolor é uma infecção fúngica que causa manchas claras ou escuras no tronco, braços e pescoço. A leucodermia gutata é uma reação alérgica ao sol que causa pequenas manchas brancas nas áreas expostas.
Cada uma dessas doenças tem um tratamento específico, que deve ser indicado por um dermatologista. Em geral, os tratamentos envolvem o uso de cremes, pomadas, medicamentos orais ou fototerapia. Além disso, é importante evitar a exposição solar excessiva e usar protetor solar diariamente.
Câncer de pele
O câncer de pele é uma doença grave que pode ser dividida em dois tipos: melanoma e não-melanoma. O melanoma é o tipo mais agressivo e perigoso, pois pode se espalhar para outros órgãos. O não-melanoma é o tipo mais comum e menos grave, pois costuma crescer apenas na superfície da pele.
O câncer de pele pode ser identificado pelo exame ABCD, que consiste em observar quatro características das manchas ou pintas na pele: assimetria, borda irregular, cor e diâmetro. Se a mancha ou pinta for assimétrica, tiver bordas irregulares, cores variadas ou diâmetro maior que 6 milímetros, pode ser um sinal de câncer de pele.
O tratamento do câncer de pele depende do tipo, do tamanho e da localização do tumor. Em geral, o tratamento envolve a remoção cirúrgica da lesão, podendo ser complementado com quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia. A prevenção do câncer de pele inclui evitar a exposição solar nos horários de maior incidência dos raios ultravioleta (entre 10h e 16h), usar protetor solar, chapéu e óculos escuros e fazer o autoexame da pele periodicamente.
Problemas de coagulação sanguínea, deficiência de vitamina C ou infecções
Manchas castanhas, roxas e escuras na pele podem estar relacionadas a problemas de coagulação sanguínea, deficiência de vitamina C ou infecções como dengue, zika, febre amarela ou leucemia. Essas condições podem causar sangramentos sob a pele (petéquias) ou hematomas (equimoses) que aparecem sem motivo aparente.
Os problemas de coagulação sanguínea podem ser causados por distúrbios genéticos (como hemofilia ou trombofilia), uso de medicamentos anticoagulantes ou doenças hepáticas. A deficiência de vitamina C pode ser causada por má alimentação ou absorção inadequada dos nutrientes pelo intestino. As infecções podem ser transmitidas por mosquitos (como dengue, zika ou febre amarela) ou por vírus que afetam a medula óssea (como leucemia).
O tratamento dessas condições varia de acordo com a causa e a gravidade dos sintomas. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos, transfusões de sangue, suplementos de vitamina C ou quimioterapia. A prevenção dessas condições envolve manter uma alimentação equilibrada, rica em frutas cítricas, evitar o contato com pessoas infectadas e usar repelente contra mosquitos.
Diabetes, colesterol alto, psoríase e lúpus
Existem cinco sinais na pele que podem indicar doenças mais graves, como diabetes, colesterol alto, psoríase e lúpus. Entre eles estão:
- Erupções e feridas que não cicatrizam: podem ser um sinal de diabetes, uma doença que afeta a produção ou a ação da insulina no organismo, causando o aumento da glicose no sangue. O diabetes pode prejudicar a cicatrização da pele e aumentar o risco de infecções. O tratamento do diabetes envolve o controle da glicemia com medicamentos, dieta e exercícios físicos.
- Mudanças nas unhas e secura da pele: podem ser um sinal de colesterol alto, uma condição que aumenta o acúmulo de gordura nas artérias, podendo levar a problemas cardiovasculares. O colesterol alto pode causar alterações nas unhas, como espessamento, amarelamento ou deformação. Também pode causar secura da pele, por reduzir a circulação sanguínea. O tratamento do colesterol alto envolve o uso de medicamentos, dieta e exercícios físicos.
- Manchas amareladas ao redor dos olhos: podem ser um sinal de xantelasma, um depósito de gordura na pálpebra superior ou inferior. O xantelasma pode estar associado ao colesterol alto ou a outras doenças metabólicas. O tratamento do xantelasma envolve a remoção cirúrgica ou a aplicação de ácido tricloroacético na lesão.
- Pele seca, áspera e com manchas escuras pontuais: podem ser um sinal de psoríase, uma doença inflamatória crônica da pele, que causa descamação e vermelhidão em algumas áreas do corpo. A psoríase pode estar relacionada a fatores genéticos, imunológicos ou ambientais. O tratamento da psoríase envolve o uso de cremes, pomadas, medicamentos orais ou fototerapia.
- Bolhas nas mãos ou em áreas expostas ao sol: podem ser um sinal de lúpus, uma doença autoimune que afeta vários órgãos do corpo, causando inflamação e lesão nos tecidos. O lúpus pode causar bolhas na pele que se rompem facilmente e deixam cicatrizes. O tratamento do lúpus envolve o uso de medicamentos imunossupressores ou anti-inflamatórios.
Como vimos neste artigo, existem vários tipos de manchas na pele que podem ser sinais de doenças graves. Por isso, é importante ficar atento às mudanças na aparência da pele e procurar um médico se notar algo diferente ou suspeito. Lembre-se de que a prevenção é sempre o melhor remédio e que cuidar da pele é cuidar da saúde.