Cerca de 80 mil pessoas no Brasil dependem do micofenolato de sódio 360 mg, remédio fornecido exclusivamente pelo Exército ao SUS para que o órgão transplantado não seja rejeitado pelo organismo.
Segundo informa o G1, com dados obtidos pelo Exército Brasileiro por meio da Lei de Acesso à Informação, no mesmo mês em que começou a produzir a cloroquina, março de 2020, o Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército reduziu 1/3 da produção de micofenolato.
Já no final de 2020, enquanto sobrava cloroquina, faltava micofenolato de sódio (360 mg) em pelo menos 14 estados do Brasil e no Distrito Federal, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
No dia 27 de janeiro deste ano, o Ministério da Saúde enviou um ofício à ABTO admitindo a falta do medicamento: “(…) têm ocorrido entregas parceladas por parte dos fornecedores contratados pelo Ministério da Saúde, dificuldade no cumprimento dos cronogramas contratuais, com risco de ruptura intermitente do abastecimento”, informou o documento.
Pacientes que reduzem a dose ou passam dias sem tomar o remédio, podem levar à rejeição do órgão transplantado.
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