Indianos foram às urnas neste domingo (19/05) para a sétima e última fase das eleições gerais no país. Pesquisas de boca de urna indicam vitória do Partido do Povo Indiano (BJP), legenda nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi.
O pleito, o maior do mundo com um eleitorado de 902 milhões de pessoas, teve início em 11 de abril. A contagem de votos das sete fases das eleições está prevista para a próxima quinta-feira, 23 de maio, e os resultados só devem ser conhecidos na quinta ou na sexta-feira.
Modi enfrentou críticas no início da campanha por ter falhado em criar mais empregos e pelos baixos preços agrícolas, e tanto analistas quanto políticos disseram que a disputa eleitoral estava ficando acirrada, com o principal partido de oposição, Congresso Nacional Indiano, ganhando território.
O primeiro-ministro fez campanha entre sua base nacionalista hindu e transformou a disputa em uma briga por segurança nacional após uma escalada nas tensões com o Paquistão. Ele atacou seu principal adversário por ser “frouxo” com relação ao arqui-inimigo do país.
O partido de Modi deve conquistar entre 339 e 365 cadeiras da câmara baixa do Parlamento, composta por 545 membros, seguido por 77 a 108 cadeiras para a aliança de oposição liderada pelo Congresso Nacional Indiano, mostrou a pesquisa boca de urna India Today Axis.
Na Índia, uma força política precisa somar o apoio de uma maioria simples, ou seja, pelo menos 272 parlamentares, para poder formar governo.
Pesquisas boca de urna, no entanto, têm um histórico controverso em um país com 900 milhões de eleitores –dos quais cerca de dois terços votaram na eleição de sete etapas. As pesquisas frequentemente erraram o número de cadeiras, mas o resultado, em geral, tem sido acertado, disseram analistas.
Com as pesquisas indicando uma vitória da aliança de Modi, os mercados acionários indianos devem subir com força na segunda-feira, enquanto também se espera que a rupia indiana se fortaleça contra o dólar, de acordo com analistas do mercado financeiro.
Uma vitória clara significaria que Modi poderá realizar as reformas que investidores esperam o que tornará a Índia um lugar mais fácil para negócios, disseram economistas.
*Com informações da Deutsche Welle e da Reuters