Milhões de pessoas na África estão em risco de contrair infecções fúngicas mortais que afetam o cérebro, principalmente devido à epidemia de HIV e à falta de recursos para diagnóstico e tratamento.
Essa é a conclusão de um relatório publicado pela Sociedade Internacional de Micologia Humana e Animal (ISHAM).
O relatório alerta que as infecções fúngicas do sistema nervoso central (SNC) são uma das principais causas de morte entre os pacientes com HIV na África, mas recebem pouca atenção dos governos e organizações de saúde. As doenças fúngicas mais comuns que afetam o cérebro são a meningite criptocócica e a pneumonia por Pneumocystis jirovecii, que são causadas por fungos oportunistas que aproveitam a baixa imunidade dos pacientes.
Além do HIV, outros fatores que contribuem para o aumento das ameaças fúngicas na África são as mudanças climáticas, que favorecem o crescimento e a dispersão de alguns fungos patogênicos, as doenças imunossupressoras, como o câncer e o diabetes, os avanços médicos, que permitem a sobrevivência de pacientes mais vulneráveis, o uso indiscriminado de antibióticos, que alteram a flora bacteriana e facilitam as infecções fúngicas, e a pandemia de covid-19, que sobrecarrega os sistemas de saúde e dificulta o acesso aos cuidados necessários.
O relatório também aponta os desafios para o diagnóstico e o tratamento das infecções fúngicas do SNC na África. A maioria dos países não dispõe de laboratórios bem equipados, medicamentos antifúngicos eficazes e baratos e dados epidemiológicos sobre as infecções fúngicas. Além disso, algumas cepas fúngicas desenvolveram resistência aos medicamentos disponíveis, tornando o tratamento mais difícil e caro.
Os autores do relatório pedem uma maior conscientização sobre o problema das infecções fúngicas do SNC na África e uma maior cooperação entre os países e as organizações internacionais para melhorar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento dessas doenças. Eles também defendem mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos antifúngicos e vacinas.
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