O jejum intermitente é uma prática que consiste em alternar períodos de alimentação e de abstinência de comida, com o objetivo de perder peso, melhorar a saúde ou seguir uma crença religiosa.
Existem vários tipos de jejum intermitente, como o 16/8, em que se come durante 8 horas e se fica sem comer durante 16 horas, ou o 5:2, em que se come normalmente durante 5 dias e se restringe a ingestão de calorias para 500 ou 600 nos outros 2 dias.
Essa prática tem ganhado popularidade nos últimos anos, com muitas celebridades e influenciadores digitais aderindo e divulgando seus supostos benefícios. No entanto, há poucas evidências científicas que comprovem a eficácia e a segurança do jejum intermitente, e muitos riscos potenciais para a saúde.
Quais são os malefícios do jejum intermitente?
De acordo com especialistas em nutrição e saúde, o jejum intermitente pode causar vários problemas, como:
- Desnutrição: ao restringir a alimentação por longos períodos, pode-se deixar de consumir nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo, como vitaminas, minerais, proteínas e gorduras. Isso pode levar a deficiências nutricionais, anemia, fraqueza, queda de cabelo, unhas quebradiças, pele seca e outros sintomas.
- Hipoglicemia: ao ficar sem comer por muitas horas, o nível de açúcar no sangue pode cair muito, causando hipoglicemia. Isso pode provocar tontura, tremores, suor frio, confusão mental, palpitações e até desmaios. A hipoglicemia é especialmente perigosa para pessoas com diabetes ou pré-diabetes, que precisam controlar a glicemia com medicamentos ou insulina.
- Perda de massa muscular: ao jejuar, o corpo pode usar as reservas de gordura como fonte de energia, mas também pode recorrer aos músculos. Isso pode levar à perda de massa muscular, que é importante para a força, a postura e o metabolismo. Além disso, a perda de massa muscular pode reduzir a taxa metabólica basal, ou seja, a quantidade de calorias que o corpo gasta em repouso. Isso pode dificultar a perda de peso no longo prazo.
- Transtornos alimentares: o jejum intermitente pode favorecer o desenvolvimento de transtornos alimentares, como a anorexia e a bulimia. Esses transtornos são caracterizados por uma relação distorcida com a comida e o corpo, que envolve restrição excessiva, compulsão alimentar, vômitos induzidos, uso de laxantes e outros comportamentos prejudiciais à saúde física e mental. O jejum intermitente pode estimular esses comportamentos ao criar um ciclo de privação e compulsão, além de gerar culpa, ansiedade e obsessão pela comida.
- Efeitos colaterais: o jejum intermitente pode causar outros efeitos colaterais indesejados, como dor de cabeça, mau hálito, irritabilidade, insônia, constipação, desidratação e alterações hormonais. Esses efeitos podem afetar a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas que praticam o jejum.
Existe alguma vantagem em fazer jejum intermitente?
Apesar dos malefícios citados acima, alguns estudos sugerem que o jejum intermitente pode ter alguns benefícios para a saúde. Por exemplo:
- Perda de peso: alguns estudos mostram que o jejum intermitente pode ajudar na perda de peso ao reduzir a ingestão calórica e aumentar a queima de gordura. No entanto, esses estudos são limitados em número, duração e qualidade metodológica. Além disso, muitas pessoas recuperam o peso perdido ao interromper o jejum, ou até ganham mais peso do que antes.
- Prevenção de doenças: alguns estudos indicam que o jejum intermitente pode prevenir ou melhorar algumas doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e doenças neurodegenerativas. No entanto, esses estudos são baseados em modelos animais ou em humanos com condições específicas. Não há evidências suficientes de que o jejum intermitente seja benéfico para a população em geral, ou que seja superior a outras formas de alimentação saudável.
Qual é a conclusão?
O jejum intermitente é uma prática que envolve riscos e benefícios incertos. Não há uma recomendação universal para sua adoção, e cada pessoa deve avaliar sua situação individual com a ajuda de um profissional de saúde qualificado. O mais importante é seguir uma alimentação equilibrada, variada e adequada às necessidades e preferências de cada um, sem se deixar levar por modismos ou promessas milagrosas. A saúde é um bem precioso, e não vale a pena colocá-la em risco por uma questão estética ou ideológica.
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