O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), disse hoje (28), que o partido não apresentará destaques para alteração do texto da Medida Provisória (MP) 870, que deve será apreciada nesta tarde pelo plenário da Casa. A MP, que trata do redesenho administrativo do governo Jair Bolsonaro, expira na semana que vem e o Palácio do Planalto tem pressa para garantir a aprovação do texto como foi votado na Câmara dos Deputados.
Caso haja alguma alteração, a medida volta para análise na Câmara. Se isso ocorrer, o governo corre o risco de ver a norma caducar e a Esplanada voltará a ter a mesma estrutura do governo anterior, com 29 ministérios, em vez das atuais 22 pastas.
Os senadores do PSL, partido de Bolsonaro, estiveram no Palácio do Planalto no início desta tarde e ouviram do presidente o pedido para que validem o texto dos deputados na votação no Senado.
A versão da Câmara enfrenta resistências entre os senadores, já que o texto aprovado deixa o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no Ministério Economia. Um grupo de senadores, do qual faz parte o próprio Major Olímpio e o líder do Governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), defendem que o órgão permaneça sob a responsabilidade do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, como originalmente propôs o governo.
De acordo com o Major Olímpio, a bancada vai atender ao clamor do governo, apesar de entender que, com o Ministério da Justiça, o órgão seria mais útil e mais utilizado, principalmente no combate à corrupção, à lavagem de dinheiro, ao crime organizado, às facções criminosas e milícias.
O senador Major Olímpio disse que além do pedido do presidente, foi contatado pelos ministros Sergio Moro e Paulo Guedes, que manifestaram a necessidade de garantir a nova estrutura administrativa, e disseram que o deslocamento do Coaf para seu local originário não vai afetar ou vai afetar pouco o trabalho desenvolvido pelo órgão.
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Edição: Fernando Fraga