O Ministério Público de São Paulo decidiu abrir um inquérito contra o candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, após uma reportagem da Folha de S.Paulo mostrar que algumas desapropriações feitas em seu governo beneficiaram seus familiares.
Quando era Governador de São Paulo, entre 2013 e 2014, Alckmin assinou dois decretos que levaram a desapropriações dos terrenos de Othon Cesar Ribeiro, sobrinho do tucano, e Juliana Fachada Cesar Ribeiro, hoje sua ex-mulher e mãe de seus quatro filhos.
O promotor Marcelo Milani pediu a abertura da investigação e deu um prazo de 20 dias para que Alckmin e seus familiares se manifestem sobre as acusações.
Segundo Milani, o fato narrado pode configurar enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário e violação de princípios da administração pública e, portanto, ato de improbidade administrativa.
Alckmin afirmou, por meio de sua assessoria, que não interferiu no traçado do contorno de São Roque e que é “descabida e ofende o bom senso” a ideia de que o processo de desapropriação foi conduzido “apenas para beneficiar parentes do ex-governador”.
A 13 dias do primeiro turno, Alckmin tem aparecido nas pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto em quarto lugar, bem atrás dos principais adversários, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).