A direção do Museu Nacional está trabalhando pela inclusão de um valor entre R$ 50 milhões a R$ 100 milhões no Orçamento da União de 2019, com objetivo de iniciar a reconstrução do Palácio de São Cristóvão, destruído por um incêndio no dia 2 de setembro deste ano, informou Agência Brasil.
Um mês após o desastre, o diretor do museu, Alexander Kellner, disse durante uma coletiva de imprensa que este seria o primeiro passo para a reabertura do museu em três anos.
“Estamos junto ao Congresso Nacional vendo a possibilidade de uma dotação orçamentária que seja impositiva e que nos permita pelo menos fazer uma primeira obra de infraestrutura. Paredes, teto e coisas assim”, disse Kellner.
Esse valor não inclui a restauração de detalhes internos mais específicos, mas abarca toda a parte externa.
Segundo Kellner, a direção pretende manter o caráter histórico do palácio e preservar também sua tradição de exposições ligadas à história natural, mas precisará discutir o que será restaurado e o que precisará ser modernizado.
O Ministério da Educação deve destinar R$ 5 milhões para a elaboração de um projeto executivo, que será feito em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Enquanto isso, a empresa Concrejato foi contratada para escorar e cobrir a estrutura que restou do incêndio. A obra começou em 21 de setembro e tem prazo de seis meses para ser concluída. Com o escoramento, não haverá mais risco de desabamento e poderá ter início o trabalho de recuperação do acervo que foi soterrado pelos escombros e queimado no incêndio. Pesquisadores mantêm a expectativa de que parte dos itens pode ter sobrevivido à tragédia. Já a cobertura é necessária para proteger essas peças da chuva, informou Agência Brasil.
Na noite do domingo, em 2 de setembro, por volta das 19h30 locais, fogo descontrolado abalou a primeira instituição científica na história do Brasil, Museu Nacional no Rio de Janeiro. De acordo com os cálculos, o acervo da instituição desfrutava de 20 milhões de itens com destaque especial dado à coleção egípcia, que começou a ser reunida ainda pelo imperador Dom Pedro I. Já que as chamas se irromperam após o fechamento do museu, estas acabaram não provocando nenhumas vítimas mortais, porém, o prejuízo cultural provocado pelo desastre sem razão estabelecida é de enormes proporções.