Enquanto a pandemia de COVID-19 já é uma página virada, o mundo permanece despreparado para enfrentar a próxima grande crise de saúde global.
Em 2025, o mundo ainda enfrenta desafios significativos na preparação para futuras pandemias. Apesar de termos superado a crise da COVID-19, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, alertou que o mundo não está preparado para a próxima pandemia. As vulnerabilidades que permitiram a disseminação da COVID-19 ainda existem, e a gripe aviária H5N1, que já causou uma morte nos EUA, é uma nova preocupação.
Até maio de 2025, os países membros da OMS precisam concluir um acordo pandêmico, que visa prevenir, se preparar e responder a futuras pandemias. No entanto, ainda existem dificuldades para alcançar um consenso sobre a troca de informações sobre patógenos e tecnologias essenciais, como vacinas e tratamentos. A falha desse acordo pode prejudicar a credibilidade da OMS.
Em março, uma cúpula organizada pela UE e pela Fundação Bill & Melinda Gates buscará arrecadar US$ 9 bilhões para a Gavi, Aliança das Vacinas, que visa proteger 500 milhões de crianças e responder a 150 surtos de doenças. O Fundo Global para Combater AIDS, Tuberculose e Malária também iniciará um novo ciclo de arrecadação este ano, enfrentando incertezas devido às mudanças na administração dos EUA.
Os investimentos em saúde global têm um retorno significativo. Desde 2000, a Gavi protegeu mais de 1,1 bilhão de crianças e gerou mais de US$ 250 bilhões em benefícios econômicos. O Fundo Global reduziu as mortes por HIV, tuberculose e malária em 61% desde 2002.
As ameaças de doenças infecciosas ainda não desapareceram. 2025 é o ano para reafirmar compromissos com a saúde global, aplicar as lições da COVID-19 e garantir que o mundo esteja preparado para enfrentar desafios futuros.