Um novo estudo da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) revelou os genes que controlam a produção de um tipo de anticorpo que pode ser usado para tratar diversas doenças.
Os pesquisadores usaram uma técnica inovadora que permite ligar as proteínas secretadas pelas células aos seus respectivos códigos genéticos.
Os anticorpos são moléculas produzidas pelo sistema imunológico para combater infecções e outras ameaças. Eles se ligam a antígenos, que são substâncias estranhas ao organismo, e os neutralizam ou os marcam para serem destruídos por outras células. Existem vários tipos de anticorpos, mas o mais comum é o IgG, que representa cerca de 80% dos anticorpos presentes no sangue.
O IgG é também o tipo de anticorpo mais usado na medicina, pois pode ser usado para tratar doenças como câncer, artrite, esclerose múltipla e alergias. No entanto, a produção de IgG em laboratório é um processo complexo e caro, que depende da obtenção de células plasmáticas B, que são as células responsáveis por secretar IgG.
Para entender melhor como as células plasmáticas B produzem IgG, os pesquisadores da UCLA desenvolveram uma nova técnica que permite capturar as células individuais e suas secreções em recipientes microscópicos chamados nanoviais. Os nanoviais têm um diâmetro de cerca de um terço da espessura de uma folha de papel e podem conter milhares de células.
Os pesquisadores usaram os nanoviais para capturar mais de 10 mil células plasmáticas B humanas, juntamente com o IgG que elas liberaram. Em seguida, eles analisaram o mRNA de cada célula, que é uma molécula que traduz as instruções do DNA para a construção de proteínas específicas. Assim, eles conseguiram identificar quais genes estavam ativos em cada célula e quais estavam relacionados à secreção de IgG.
O resultado foi um atlas de genes associados à alta produção e liberação de IgG. Os pesquisadores descobriram que alguns desses genes eram comuns a todas as células plasmáticas B, enquanto outros variavam de acordo com o tipo de antígeno que elas reconheciam. Eles também encontraram genes que não eram conhecidos por estarem envolvidos na secreção de IgG, mas que podem ter funções importantes nesse processo.
O estudo, publicado na revista Nature Biotechnology, abre novas possibilidades para o desenvolvimento de terapias baseadas em anticorpos, pois permite identificar os genes que podem ser manipulados para aumentar ou diminuir a produção de IgG. Além disso, a técnica usada pelos pesquisadores pode ser aplicada a outros tipos de células e proteínas, ampliando o conhecimento sobre os mecanismos moleculares que regulam a secreção celular.
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