A doença de Alzheimer é uma das formas mais comuns de demência, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Ela causa perda progressiva de memória, raciocínio e outras funções cognitivas, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares.
Até agora, não há cura para o Alzheimer, mas uma nova esperança surge com um medicamento experimental desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly and Co. Segundo um estudo em estágio final, publicado nesta quarta-feira (3), o medicamento chamado donanemab conseguiu retardar o declínio cognitivo em 35% em pacientes com Alzheimer inicial.
O donanemab é um anticorpo monoclonal que se liga à proteína beta-amilóide, que se acumula no cérebro dos pacientes com Alzheimer, formando placas que prejudicam as células nervosas. Ao se ligar à beta-amilóide, o donanemab ajuda a remover essas placas do cérebro, reduzindo os danos causados pela doença.
O estudo envolveu 1.182 pessoas com Alzheimer em estágio inicial, que tinham depósitos de beta-amilóide e níveis intermediários de outra proteína ligada à doença, chamada tau. Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu o donanemab por via intravenosa a cada quatro semanas e outro recebeu um placebo.
Os resultados mostraram que o grupo que recebeu o donanemab teve uma melhora significativa em uma escala que mede a progressão da demência, chamada Escala de Avaliação Clínica de Demência (CDR-SB). O benefício foi de 35% em comparação com o grupo placebo.
Os pesquisadores também avaliaram o efeito do donanemab em 552 pacientes com altos níveis de tau e descobriram que, quando ambos os grupos foram combinados, o donanemab retardou a progressão em 29%.
O donanemab é o terceiro medicamento a mostrar que a remoção de amilóides do cérebro beneficia os pacientes com Alzheimer. Os outros dois são o lecanemab, da Eisai Co Ltd e da Biogen Inc, e o aducanumab, da Biogen Inc. Ambos estão sendo revisados pela agência regulatória dos Estados Unidos (FDA) para possível aprovação.
O estudo da Lilly é considerado o mais forte até agora a apoiar a teoria de que reduzir os níveis de amilóides no cérebro pode ser uma chave para vencer o Alzheimer. No entanto, ainda há muitas questões a serem respondidas sobre a segurança e a eficácia desses medicamentos a longo prazo.
O donanemab causou alguns efeitos colaterais nos pacientes, como inchaço cerebral e dores de cabeça. Além disso, o estudo foi interrompido precocemente após atingir seu objetivo principal, o que pode limitar a confiabilidade dos dados.
Os especialistas afirmam que são necessários mais estudos para confirmar os benefícios do donanemab e compará-lo com outros medicamentos da mesma classe. Eles também alertam que os medicamentos não são uma cura para o Alzheimer, mas apenas uma forma de retardar seu avanço.
Enquanto isso, os pacientes e seus familiares devem manter as medidas preventivas e terapêuticas recomendadas pelos médicos, como exercícios físicos e mentais, alimentação saudável e controle de fatores de risco como hipertensão e diabetes.
Fonte: Link.
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