Um novo medicamento chamado vorasidenib mostrou resultados positivos em retardar a progressão de um tipo específico de glioma, um câncer cerebral de crescimento lento, mas fatal. O estudo envolveu 331 pessoas com a doença e foi co-liderado por pesquisadores da UCLA.
O glioma é um tumor que afeta principalmente pessoas jovens, muitas vezes na faixa dos 30 anos. O tratamento padrão atual, uma combinação de radiação e quimioterapia, pode causar déficits neurológicos que dificultam o aprendizado, a memória, a concentração ou a tomada de decisões cotidianas dos pacientes.
O vorasidenib é um medicamento de terapia alvo, que atua em uma mutação genética específica (IDH1 e IDH2) que está presente em cerca de 80% dos casos de glioma de grau 2. Essa mutação produz uma substância chamada 2-HG, que é responsável pela formação e manutenção do tumor.
O medicamento inibe a produção e o acúmulo de 2-HG e consegue atravessar a barreira hematoencefálica, que protege o cérebro de substâncias estranhas. Ele é o primeiro medicamento de terapia alvo desenvolvido especificamente para tratar o câncer cerebral.
Os resultados do estudo foram publicados na revista New England Journal of Medicine e apresentados no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em Chicago.
Os pesquisadores compararam o vorasidenib com um placebo em pessoas com glioma de grau 2 recorrente com a mutação IDH1 ou IDH2. Eles descobriram que o vorasidenib mais do que dobrou o tempo de sobrevida livre de progressão dos pacientes, ou seja, o tempo em que eles ficaram sem piora do câncer.
Em média, os pacientes que receberam o vorasidenib ficaram 27,7 meses sem progressão da doença, enquanto os que receberam o placebo ficaram 11,1 meses. Além disso, os pacientes que receberam o vorasidenib conseguiram adiar por quase 17 meses o início da quimioterapia e da radiação.
O medicamento também foi bem tolerado pelos pacientes, com poucos efeitos colaterais observados. Os pesquisadores consideram que o vorasidenib é um avanço importante para essa população de pacientes e esperam que ele seja aprovado pelas autoridades regulatórias em breve.
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