Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo método para aumentar a imunoterapia contra o câncer usando biomateriais que liberam dois tipos de moléculas imunológicas.
O método consiste em injetar um gel que contém células imunes modificadas geneticamente e um anticorpo que bloqueia um freio imunológico chamado PD-1. O gel protege as células imunes da degradação e permite que elas se multipliquem e migrem para os tumores, onde ativam outras células imunes para atacar o câncer.
O estudo, publicado na revista Science Advances, mostrou resultados promissores em camundongos com melanoma e câncer de mama, reduzindo o tamanho dos tumores e aumentando a sobrevivência. Os pesquisadores esperam que o método possa ser testado em humanos no futuro e que possa ser combinado com outras formas de imunoterapia.
A imunoterapia é uma estratégia que visa estimular o sistema imunológico a reconhecer e eliminar as células cancerosas. No entanto, existem vários desafios para tornar essa abordagem mais eficaz e segura, como a baixa persistência das células imunes injetadas, a supressão do ambiente tumoral e os efeitos colaterais sistêmicos.
O novo método busca superar esses desafios usando um gel biodegradável que libera lentamente as células imunes e o anticorpo. As células imunes são chamadas de CAR-T, pois expressam um receptor quimérico de antígeno (CAR) que as torna capazes de reconhecer um antígeno específico nas células cancerosas. O anticorpo é chamado de anti-PD-1, pois se liga ao receptor PD-1 nas células imunes e impede que ele seja inibido por uma molécula chamada PD-L1 nas células cancerosas.
Os pesquisadores injetaram o gel sob a pele dos camundongos com tumores em locais distantes. Eles observaram que o gel formou um depósito localizado que durou cerca de duas semanas. Durante esse período, as células CAR-T se proliferaram e migraram para os tumores, onde recrutaram outras células imunes, como as células T auxiliares e as células matadoras naturais (NK). O anticorpo anti-PD-1 também se espalhou pelo corpo e bloqueou o sinal inibitório nas células imunes.
Os resultados mostraram que o método foi capaz de reduzir significativamente o crescimento dos tumores e aumentar a sobrevida dos camundongos em comparação com os grupos controle que receberam apenas as células CAR-T ou o anticorpo anti-PD-1. Além disso, o método não causou toxicidade sistêmica ou inflamação excessiva.
Os pesquisadores acreditam que o método pode ser adaptado para diferentes tipos de câncer e diferentes moléculas imunológicas. Eles também esperam que o método possa ser usado em combinação com outras formas de imunoterapia, como as vacinas contra o câncer ou os inibidores de checkpoint imunológico.
O estudo foi financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos e pela Fundação Bill e Melinda Gates.
Fonte: Link.
Gosta do nosso conteúdo?
Este texto foi gerado com o auxílio de ferramentas de IA. Viu algum erro? Avise!