Um estudo da Fiocruz alerta para o risco de uma nova epidemia de dengue no Brasil, causada pelo sorotipo 3 do vírus, que não circula no país há mais de 15 anos.
Os pesquisadores identificaram quatro casos desse sorotipo em Roraima e no Paraná, e descobriram que se trata de uma linhagem diferente da que já causou surtos nas Américas no início dos anos 2000.
A linhagem detectada foi introduzida nas Américas a partir da Ásia, entre 2018 e 2020, provavelmente no Caribe. Ela já está circulando na América Central e nos Estados Unidos, e agora chegou ao Brasil. O ressurgimento desse sorotipo preocupa os especialistas porque a população tem baixa imunidade contra ele, e porque há um maior risco de dengue grave em pessoas que já tiveram a doença e são infectadas novamente por outro sorotipo.
O estudo foi coordenado pela Fiocruz Amazônia e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e contou com a parceria dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) de Roraima e do Paraná, além de outras instituições de pesquisa nacionais e internacionais. Os resultados foram divulgados em artigo preprint na plataforma medRxiv, sem o processo de revisão por pares.
A dengue é uma doença transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado por um dos quatro sorotipos do vírus. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações, manchas vermelhas na pele e sangramentos. A dengue grave pode levar à morte se não for tratada adequadamente.
A prevenção da dengue depende do controle do mosquito vetor e da eliminação dos possíveis criadouros, como recipientes que acumulam água parada. Também é importante procurar atendimento médico ao apresentar os primeiros sinais da doença.
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