A pandemia de COVID-19 mostrou a importância das unidades de terapia intensiva (UTIs) para salvar a vida dos pacientes em estado crítico nos hospitais. Mas você sabe como surgiu o conceito de UTI? Ele tem origem em uma epidemia de pólio na Dinamarca, na década de 1950.
Em seu novo livro, The Autumn Ghost: How the Battle Against a Polio Epidemic Revolutionized Modern Medical Care, a médica Hannah Wunsch conta a história de como um hospital em Copenhague, o Blegdam, inovou na assistência aos pacientes com poliomielite paralítica, uma forma grave da doença que afeta os músculos respiratórios.
O hospital introduziu técnicas como a ventilação mecânica, o monitoramento constante dos sinais vitais e o trabalho interdisciplinar de enfermeiros, médicos, farmacêuticos e outros profissionais. Essas práticas se tornaram a base da medicina intensiva moderna e são usadas até hoje para tratar diversas condições que ameaçam a vida.
O livro se concentra no caso de uma paciente, Vivi Ebert, uma menina de 12 anos que foi internada no Blegdam em 1952 com pólio bulbar, uma forma que atinge o tronco cerebral. Graças às intervenções do hospital, incluindo a ventilação manual supervisionada pelo anestesiologista Bjørn Ibsen, ela sobreviveu por mais vinte anos.
O tratamento da pólio na época tem paralelos com a pandemia atual. A hipótese predominante sobre a transmissão do vírus era que ele era inalado pelas vias aéreas superiores. Por isso, as medidas de controle incluíam o uso de máscaras e o isolamento dos casos suspeitos. Além disso, havia uma corrida global para desenvolver vacinas eficazes e seguras contra a doença.
O livro de Wunsch é uma obra brilhante que resgata um episódio pouco conhecido da história da medicina e mostra como a criatividade e a colaboração podem surgir em momentos de crise e transformar a saúde para sempre.
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