Estudos sugerem que a suplementação de magnésio pode melhorar a qualidade do sono em alguns indivíduos, particularmente idosos e aqueles com síndrome pré-menstrual, mas pode não ter efeitos significativos sobre a qualidade do sono em outras condições, como a fibromialgia.
O magnésio é um mineral essencial para o funcionamento do organismo, envolvido em mais de 300 reações bioquímicas. Uma das funções do magnésio é regular o ciclo sono-vigília, que é o ritmo biológico que alterna entre períodos de sono e de alerta. A deficiência de magnésio pode causar problemas para dormir, como dificuldade para pegar no sono, acordar durante a noite ou ter um sono superficial e não reparador. Esses sintomas caracterizam a insônia, que é um distúrbio do sono que afeta a qualidade de vida e a saúde das pessoas.
Mas será que o magnésio melhora a qualidade do sono? Existem evidências científicas que apoiam essa afirmação? Neste post, vamos analisar três fontes que abordam esse tema e ver o que elas dizem sobre o assunto.
Um ensaio clínico randomizado e controlado por placebo, publicado na revista Journal of Research in Medical Sciences, que avaliou o efeito da suplementação de magnésio na insônia primária em idosos. O estudo envolveu 46 participantes que foram divididos em dois grupos: um recebeu 500 mg de magnésio por dia e outro recebeu placebo por 8 semanas. Os resultados mostraram que o grupo que recebeu magnésio teve uma melhora significativa no tempo total de sono, na eficiência do sono, no tempo de latência do sono e nos escores de qualidade de vida em relação ao grupo placebo. Os autores concluíram que a suplementação de magnésio pode melhorar a qualidade do sono em idosos com insônia primária.
Já o estudo observacional transversal, publicado na revista Nutrients, investigou os efeitos psicológicos e do sono de uma dieta mediterrânea enriquecida com triptofano e magnésio em mulheres com fibromialgia. O estudo envolveu 60 mulheres que foram divididas em dois grupos: um seguiu a dieta enriquecida por 8 semanas e outro seguiu uma dieta controle. Os resultados mostraram que o grupo da dieta enriquecida teve uma redução significativa nos níveis de ansiedade, depressão e dor, além de uma melhora na qualidade do sono e no humor em relação ao grupo controle. Os autores sugeriram que a dieta mediterrânea enriquecida com triptofano e magnésio pode ter um efeito benéfico na saúde mental e no sono de mulheres com fibromialgia.
O terceiro estudo investiga o papel do magnésio na fisiopatologia e na evolução das doenças inflamatórias intestinais (DII), como a doença de Crohn e a colite ulcerativa. Os autores mediram a concentração de magnésio no cabelo de pacientes com DII e de controles saudáveis, e encontraram uma correlação entre o nível de magnésio e a atividade da doença, o estado psicológico e a qualidade do sono. Eles sugerem que o magnésio pode ter um papel importante na sinalização celular e na estabilidade genômica, bem como na fadiga dos pacientes com DII. Eles também propõem que a suplementação de magnésio pode melhorar a evolução da DII e a qualidade do sono para os pacientes com déficit desse mineral. No entanto, eles reconhecem que são necessários mais estudos para confirmar essas hipóteses e determinar as doses, o tempo e o monitoramento adequados do magnésio em pacientes com DII.
Diante dessas três fontes, podemos concluir que o magnésio tem uma relação positiva com a qualidade do sono, podendo melhorá-la em diferentes situações e populações. No entanto, é importante ressaltar que os estudos apresentam algumas limitações, como o tamanho amostral pequeno, o risco de viés e o nível de evidência baixo ou moderado. Portanto, são necessárias mais pesquisas para confirmar os benefícios do magnésio para o sono e determinar as doses adequadas para cada caso. Além disso, é recomendável consultar um médico ou nutricionista antes de iniciar qualquer suplementação de magnésio, pois o excesso do mineral também pode causar efeitos adversos.
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