O parto cesariana é uma cirurgia que consiste em retirar o bebê do útero da mãe através de uma incisão no abdômen e no útero.
Essa intervenção pode ser necessária em algumas situações que colocam em risco a saúde da mãe ou do bebê, como trabalho de parto prolongado ou obstruído, sofrimento fetal, posição anormal do bebê, sangramento excessivo, descolamento ou ruptura da placenta, entre outras.
No entanto, em muitos casos, o parto cesariana é realizado sem uma indicação médica clara, por motivos sociais, culturais ou econômicos. Isso pode trazer riscos desnecessários para a mãe e para o bebê, como infecção, hemorragia, complicações respiratórias, problemas na amamentação e no contato pele a pele, maior tempo de recuperação e maior probabilidade de complicações em gestações futuras.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa ideal de parto cesariana deveria ficar entre 10% e 15% dos nascimentos. Porém, esse número varia muito entre os países e as regiões do mundo. De acordo com um estudo da OMS publicado em 2021, a taxa global de parto cesariana aumentou de 12% em 2000 para 21% em 2015, e deve continuar crescendo até 2030.
O estudo também revelou uma grande desigualdade no acesso ao parto cesariana. Enquanto nos países menos desenvolvidos, apenas 8% das mulheres deram à luz por cesariana, com 5% na África Subsaariana, indicando uma falta de acesso a essa cirurgia que salva vidas, na América Latina e no Caribe, as taxas chegaram a 43%, sugerindo um excesso de cesarianas desnecessárias.
Entre os países com as maiores taxas de parto cesariana estão a República Dominicana (58%), o Brasil (55%), o Egito (52%), a Turquia (50%) e o Chile (46%). Entre os países com as menores taxas estão o Níger (2%), o Chade (3%), a Etiópia (3%), a Guiné-Bissau (4%) e o Burundi (4%).
Os motivos que levam a essas diferenças são complexos e envolvem fatores como a disponibilidade e a qualidade dos serviços de saúde, as políticas públicas, as normas profissionais, o custo do parto, o nível de educação, a cultura e as preferências das mulheres e dos médicos.
Algumas medidas que podem contribuir para reduzir as cesarianas desnecessárias e aumentar o acesso às cesarianas indicadas são:
- Melhorar a qualidade da assistência pré-natal, do parto e do pós-parto;
- Promover o parto normal como a forma mais segura e saudável de dar à luz na maioria dos casos;
- Respeitar o direito das mulheres de escolher o tipo de parto, desde que informadas sobre os benefícios e os riscos;
- Capacitar os profissionais de saúde para realizar o parto normal com segurança e humanização;
- Estabelecer critérios claros para indicar o parto cesariana baseados em evidências científicas;
- Monitorar e avaliar as taxas de parto cesariana e seus desfechos;
- Incentivar a participação da mulher e da família no planejamento do parto;
- Garantir o acesso universal à saúde reprodutiva.
O parto cesariana é um recurso importante para salvar vidas quando há uma necessidade médica. Porém, quando realizado sem uma boa razão, pode trazer mais malefícios do que benefícios. Por isso, é preciso buscar um equilíbrio entre o uso adequado e o abuso dessa intervenção, respeitando os direitos das mulheres e garantindo a saúde materna e infantil.
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