Os peptídeos são moléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos, que são os blocos de construção das proteínas.
Os peptídeos podem ter diferentes tamanhos e funções biológicas, como hormônios, neurotransmissores, antibióticos e adoçantes.
Os peptídeos são muito importantes para o funcionamento do organismo, pois participam de diversos processos celulares e regulam a atividade de outros órgãos e tecidos. Alguns exemplos de peptídeos são a insulina, que controla o nível de glicose no sangue, a ocitocina, que estimula as contrações uterinas e a produção de leite, e o aspartame, que é usado como adoçante artificial.
Mas o que os peptídeos têm a ver com a obesidade? A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, que pode trazer sérios riscos à saúde, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e câncer. A obesidade é causada por um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto de energia, que pode ser influenciado por fatores genéticos, ambientais, comportamentais e hormonais.
É aí que entram os peptídeos. Eles estão envolvidos na regulação do apetite e do metabolismo energético. Alguns peptídeos, como a leptina e a insulina, são produzidos pelo tecido adiposo e atuam no cérebro para diminuir a fome e aumentar o gasto calórico. Outros peptídeos, como a grelina e a orexina, são secretados pelo intestino e estimulam a ingestão alimentar e a reserva de gordura. A obesidade pode alterar os níveis e a ação desses peptídeos, causando resistência à saciedade e favorecendo o acúmulo de peso.
Por isso, alguns peptídeos podem ser usados como potenciais tratamentos para a obesidade, pois podem reduzir o apetite e a gordura corporal, sem causar efeitos adversos no sistema nervoso central. Um exemplo é o peptídeo YY, que foi descoberto por pesquisadores da USP e mostrou resultados promissores em testes com animais. O peptídeo YY é liberado pelo intestino após as refeições e sinaliza ao cérebro que o corpo está satisfeito. Assim, ele pode diminuir a vontade de comer e a absorção de calorias.
Os estudos sobre os peptídeos e a obesidade ainda estão em andamento e precisam de mais evidências científicas para comprovar a sua eficácia e segurança. No entanto, eles representam uma esperança para milhões de pessoas que sofrem com o excesso de peso e buscam uma solução para melhorar a sua qualidade de vida.