Você já se perguntou se o seu nariz pode ter algo a ver com o seu risco de desenvolver a doença de Alzheimer?
Pode parecer estranho, mas um novo estudo sugere que sim. O estudo descobriu que as pessoas que carregam uma variante genética associada ao maior risco de Alzheimer podem perder a capacidade de detectar odores mais cedo do que as pessoas que não carregam a variante, o que pode ser um sinal precoce de futuros problemas de memória e raciocínio.
O Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta o cérebro, causando perda progressiva de memória, confusão, demência e morte. A causa exata do Alzheimer ainda é desconhecida, mas alguns fatores genéticos e ambientais podem aumentar ou diminuir as chances de desenvolvê-lo. A variante genética associada a esse aumento do risco de Alzheimer é chamada de APOE e4. Cerca de 20% da população mundial carrega essa variante, mas nem todos os portadores desenvolvem a doença.
O estudo envolveu uma pesquisa domiciliar que incluiu testar o sentido do olfato de mais de 865 pessoas – tanto sua capacidade de detectar um odor quanto de identificar qual odor estavam cheirando. Os testes foram dados em intervalos de cinco anos. As habilidades de pensamento e memória das pessoas também foram testadas duas vezes, com cinco anos de diferença. Amostras de DNA deram aos pesquisadores informações sobre quem carregava o gene associado a um maior risco de Alzheimer.
Os resultados mostraram que as pessoas que carregavam a variante genética tinham 37% menos probabilidade de ter uma boa detecção de odores do que as pessoas sem o gene em um único ponto no tempo. Os portadores da variante genética começaram a experimentar uma redução na detecção do olfato aos 65 a 69 anos. Nessa idade, os portadores do gene podiam detectar uma média de cerca de 3,2 dos cheiros, em comparação com cerca de 3,9 cheiros para as pessoas que não carregavam o gene.
Os portadores da variante genética não mostraram diferença em sua capacidade de identificar qual odor estavam cheirando até atingirem a idade de 75 a 79 anos. Uma vez que começaram a perder a capacidade de identificar odores, a capacidade dos portadores do gene diminuiu mais rapidamente do que os que não carregavam o gene.
As habilidades de pensamento e memória foram semelhantes entre os dois grupos no início do estudo. Mas, como esperado, aqueles que carregavam a variante genética experimentaram declínios mais rápidos em suas habilidades de pensamento ao longo do tempo do que aqueles sem o gene.
Os pesquisadores sugerem que a perda do olfato pode ser um marcador precoce da doença de Alzheimer, pois está relacionada à degeneração das células nervosas no cérebro. Eles também afirmam que testar o olfato pode ser uma forma simples e barata de identificar as pessoas em risco e monitorar sua progressão.
No entanto, eles também alertam que o estudo tem algumas limitações, como o tamanho da amostra, a falta de dados sobre outros fatores que podem afetar o olfato e a possibilidade de viés na seleção dos participantes. Eles recomendam mais pesquisas para confirmar seus achados e explorar os mecanismos por trás da relação entre o olfato e o Alzheimer.
Se você está preocupado com o seu risco de Alzheimer ou com a sua capacidade olfativa, consulte o seu médico para obter orientação e apoio. Lembre-se também de manter hábitos saudáveis para proteger o seu cérebro, como exercitar-se regularmente, comer bem, dormir bem, evitar fumar e beber com moderação.
Fonte: Link.
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