Um estudo publicado na revista The Lancet Infectious Diseases analisou os planos de ação de 114 países para enfrentar a resistência antimicrobiana (AMR), que ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas deixam de responder aos medicamentos que os tratam. Os pesquisadores concluíram que os planos se concentram em elaborar políticas para conter a AMR e…
A AMR é considerada uma das maiores ameaças à saúde pública no século 21, podendo tornar muitos antibióticos ineficazes e causar milhões de mortes anualmente. Em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incentivou os países a desenvolverem planos nacionais para combater a AMR. Mais de 100 países produziram planos, mas não havia uma análise global do conteúdo desses documentos.
O estudo, realizado por especialistas das universidades de Leeds, Edimburgo e Hamburgo, é o primeiro a avaliar de forma abrangente os esforços internacionais e os planos nacionais para lidar com a AMR. Eles usaram 54 critérios, como educação, gestão e responsabilização, e atribuíram uma pontuação de zero a 100 para cada plano.
Os resultados mostraram que os países se preocuparam mais em desenhar políticas e pensar em como aplicá-las, mas não em como medir e avaliar o impacto dessas ações. As áreas com menor pontuação foram responsabilização e mecanismos de feedback, seguidas por educação. O treinamento e a educação profissional nas áreas de saúde humana, veterinária e agrícola foram insuficientes em muitos países, assim como uma estratégia sustentável para garantir o uso racional dos antimicrobianos.
Os países se saíram bem na participação, demonstrando uma consciência compartilhada de que a AMR só pode ser enfrentada com o envolvimento de vários setores que abrangem a saúde humana, animal e ambiental. A prevenção e o controle de infecções também foram reconhecidos como objetivos críticos.
A Noruega teve o plano mais bem avaliado com 85 pontos, seguida pelos Estados Unidos com 84 e pelo Reino Unido com 83. Os países com menor pontuação foram Ucrânia e Serra Leoa com 29 pontos cada, e Barbados e Micronésia com 28 pontos.
Os pesquisadores afirmam que os governos de todo o mundo devem fortalecer suas respostas à AMR e melhorar sua preparação para os desafios previstos pela OMS.
Fonte: Link.
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