O piso salarial dos profissionais de enfermagem é uma demanda histórica da categoria, que ganhou força durante a pandemia de covid-19.
Em maio de 2022, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 2564/20, que estabelece o valor de R$ 4.750 para enfermeiros, e valores proporcionais para técnicos, auxiliares e parteiras. No entanto, a lei ainda não entrou em vigor, pois foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que acatou uma ação direta de inconstitucionalidade movida por entidades representativas de hospitais e clínicas privadas.
A decisão do STF foi confirmada em setembro de 2022, por 7 votos a 4, sob o argumento de que o piso salarial da enfermagem viola o princípio da separação dos poderes e fere a autonomia dos estados e municípios para legislar sobre o assunto. Além disso, os ministros alegaram que a lei não prevê fontes de custeio para o aumento salarial da categoria.
A suspensão do piso salarial da enfermagem gerou indignação e protestos por parte dos profissionais, que alegam que a medida é uma forma de reconhecimento e valorização do trabalho realizado na linha de frente do combate à pandemia. Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), o Brasil tem cerca de 2,5 milhões de profissionais de enfermagem, sendo que mais de 1.500 morreram em decorrência da covid-19.
Na Câmara dos Deputados, o projeto de lei do piso salarial da enfermagem teve ampla aprovação, com 449 votos favoráveis e apenas 12 contrários. Os votos contrários foram registrados por deputados do Novo, do PP, do PL e do União Brasil. Entre eles, estão Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, e Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. Os parlamentares que votaram contra o piso salarial da enfermagem argumentaram que a medida é inviável financeiramente e que poderia gerar desemprego e aumento dos custos da saúde.
A lei do piso salarial da enfermagem ainda depende de uma decisão definitiva do STF, que deve analisar o mérito da ação direta de inconstitucionalidade. Enquanto isso, os profissionais de enfermagem seguem reivindicando seus direitos e esperando por uma solução que garanta melhores condições de trabalho e remuneração.
Gosta do nosso conteúdo?
Este texto foi gerado com o auxílio de ferramentas de IA. Viu algum erro? Avise!
Veja também:
- A nova era dos computadores quânticosOs computadores quânticos, famosos por prometerem resolver problemas impossíveis para computadores tradicionais, enfrentam um grande desafio: os erros.
- Mortalidade por doença de Chagas na Bahia supera a média nacionalA pesquisa, realizada entre 2008 e 2018, apontou que a Bahia possui uma das taxas de mortalidade mais altas do Brasil, com uma média de 5,33 óbitos por 100 mil habitantes, superando a média nacional.
- Como os substitutos de carne à base de plantas recriam o sabor e a textura da carneVocê já experimentou um hambúrguer à base de plantas e ficou impressionado com o quanto ele se parecia com a carne de verdade?
- Comunicação comunitária ajuda a melhorar a saúde em favelas, aponta pesquisa da FiocruzVocê já pensou que a comunicação pode ajudar a melhorar a saúde de quem vive nas favelas? Uma pesquisa da Fiocruz, em parceria com comunicadores populares, mostrou que sim!