A poliomielite, também conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença grave que pode causar paralisia nos braços, nas pernas ou no corpo todo.
Ela é causada por um vírus que se espalha pela água, pelo ar ou pelo contato com pessoas infectadas. A doença afeta principalmente crianças menores de cinco anos, mas também pode atingir adultos.
A única forma de se proteger da poliomielite é tomando a vacina, que é gratuita e está disponível nos postos de saúde. A vacina deve ser aplicada em todas as crianças em quatro doses: aos dois, quatro e seis meses de idade e um reforço aos 15 meses. Além disso, todos os anos é realizada uma campanha nacional de vacinação contra a pólio, que convoca as crianças de até cinco anos para receberem uma dose extra da vacina.
A vacinação é muito importante porque a poliomielite não tem cura e pode deixar sequelas permanentes. A doença também pode ser fatal em alguns casos, quando afeta os músculos respiratórios e impede a pessoa de respirar.
Um desafio global
Desde 1988, a Organização Mundial da Saúde (OMS) coordena um programa de erradicação global da poliomielite, com o apoio de vários países e organizações. O programa tinha como objetivo acabar com a transmissão do vírus em todo o mundo até o ano 2000.
Graças aos esforços do programa, o número de casos de poliomielite caiu mais de 99% nos últimos 35 anos, passando de 350 mil casos em 125 países em 1988 para menos de 200 casos em apenas dois países em 2020. Esses dois países são o Afeganistão e o Paquistão, onde ainda há conflitos armados, instabilidade política e dificuldades de acesso às áreas remotas.
O Brasil foi um dos primeiros países a eliminar a transmissão do vírus da poliomielite, recebendo o certificado de eliminação em 1994, junto com os demais países das Américas. No entanto, o país ainda precisa manter a vigilância e a imunização em dia para evitar que a doença volte a circular.
Isso porque o vírus da poliomielite ainda pode ser trazido por viajantes que vêm de países onde a doença ainda existe ou por pessoas que não estão vacinadas. Se essas pessoas entrarem em contato com outras que também não estão vacinadas, elas podem iniciar um surto da doença.
Por isso, é fundamental que todos os pais levem seus filhos para tomar a vacina contra a pólio e que os adultos também verifiquem se estão com a vacinação em dia. Assim, além de se protegerem, eles também contribuem para proteger as outras pessoas e para manter o Brasil livre da poliomielite.