As mulheres em todo o Brasil estão nas ruas neste sábado em uma onda de protestos contra a candidatura presidencial do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), líder das pesquisas de intenção de voto para as eleições que acontecem em 7 de outubro.
Marchas organizadas por uma campanha de mídia social sob a hashtag #EleNao estão em andamento em dezenas de cidades brasileiras, incluindo o Rio de Janeiro e São Paulo.
CINELÂNDIA – RJ #EleNão #ÉpelaVidadasMulheres pic.twitter.com/7kmiLNQTur
— ᴛʜ (@lovatobisex) September 29, 2018
https://twitter.com/myewphoria/status/1046114839452618753
Fascistas, machistas e homofóbicos não passarão!#eleNao #EleNaoVaiGanharNoGrito pic.twitter.com/zkC1esQsd6
— erika campos (@minusculas) September 29, 2018
https://twitter.com/gabxxj/status/1046114658879492097
https://twitter.com/babslaine/status/1046114612083658752
Mais cedo, manifestações também aconteceram no exterior, em cidades como Dublin, Paris, Berlim, Viena, Budapeste e Beirute.
A motivação dos protestos está relacionada às declarações e posições já externadas por Bolsonaro, considerado pelas manifestantes como racista, misógino e homofóbico.
A campanha das mulheres, lançada no Facebook no início de setembro, conclamou as mulheres de todas as convicções políticas a se unirem “contra o avanço e o fortalecimento do machismo, da misoginia, do racismo, da homofobia e de outros preconceitos”.
Largo da Batata, agora. Bombando! A primavera feminista chegou! #ÉPelaVidaDasMulheres #EleNão pic.twitter.com/MTKDShij3v
— Carina Vitral (@carinavitral) September 29, 2018
O mais belo dos Belos é meu povo negro! Salve Salvador! #elenão #ÉPelaVidaDasMulheres pic.twitter.com/Gqnr02k2kS
— Daniela Mercury 🌹 (@danielamercury) September 29, 2018
https://twitter.com/GeorgMarques/status/1046110554660786176
https://twitter.com/oiarab/status/1046114435193090049
https://twitter.com/WeslleyBrunoCG/status/1046114819751989249
https://twitter.com/Swagy_Belieber/status/1046114688063492096
O ex-capitão do Exército irritou especificamente as mulheres ao tentar justificar um hiato salarial de gênero, e argumentou contra o emprego de mulheres se fosse provável que elas ficassem grávidas.
Já Bolsonaro foi liberado do hospital neste sábado depois de ser esfaqueado e seriamente ferido por um ativista durante uma manifestação em 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG). O candidato segue para a sua casa no Rio de Janeiro, e deve acompanhar as repercussões das manifestações.
Um dia antes de receber alta, Bolsonaro afirmou em uma entrevista à Rede Bandeirantes que não aceitaria nenhum resultado na votação de 7 de outubro que não seja a sua própria vitória.
“Pelo que vejo nas ruas, não aceito nenhum resultado eleitoral que não seja a minha eleição”, declarou.
De acordo com a última pesquisa de opinião divulgada na sexta-feira pelo Datafolha, Bolsonaro lidera com 28% de apoio a 22% para seu rival mais próximo, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Espera-se que os dois fiquem frente a frente no segundo turno, três semanas depois.
Haddad é um candidato de substituição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso por corrupção e que foi impedido de concorrer pelo Supremo Tribunal Eleitoral (STF).
A pesquisa do Datafolha mostra que Haddad triunfou em um eventual segundo turno com Bolsonaro, de 45% a 39%.