A obesidade e o diabetes são duas doenças crônicas que afetam milhões de pessoas no mundo todo e que podem trazer graves complicações para a saúde, como doenças cardiovasculares, renais, hepáticas e câncer.
Por isso, a busca por novas formas de prevenir e tratar essas condições é constante na área médica.
Uma das novidades mais recentes nesse campo é a retatrutida, um medicamento injetável que atua em três hormônios diferentes para controlar o apetite, o gasto energético e o metabolismo da glicose. A retatrutida é uma combinação de três peptídeos sintéticos que imitam os efeitos da grelina, do peptídeo YY e do glucagon no organismo.
A grelina é um hormônio que estimula a fome e reduz a saciedade. O peptídeo YY é um hormônio que aumenta a saciedade e diminui a fome. O glucagon é um hormônio que eleva os níveis de glicose no sangue e acelera o metabolismo. Ao combinar esses três hormônios em uma única molécula, a retatrutida consegue equilibrar os sinais de fome e saciedade, aumentar o gasto calórico e melhorar o controle glicêmico.
Os resultados dos estudos de fase 2 da retatrutida foram publicados na revista científica The Lancet e mostraram uma eficácia impressionante do medicamento na redução do peso corporal e na melhora da esteatose hepática (gordura no fígado) em pessoas com obesidade e diabetes tipo 2. Os participantes que usaram a retatrutida por um ano perderam em média 24,2% do seu peso inicial, enquanto os que usaram placebo perderam apenas 1%. Além disso, os que usaram a retatrutida tiveram uma redução significativa da gordura no fígado, um fator de risco para cirrose e câncer hepático.
O endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e membro da Sociedade Brasileira de Diabetes, comentou os resultados da retatrutida em uma entrevista ao site Época Negócios. Ele afirmou que o medicamento é uma “revolução” no tratamento da obesidade e do diabetes, pois oferece uma alternativa mais eficaz e segura do que as opções atuais. Ele também destacou que a retatrutida pode ajudar a prevenir as complicações associadas à obesidade e ao diabetes, como doenças cardiovasculares, renais e hepáticas.
No entanto, ele também apontou os desafios de acesso e adesão ao tratamento com a retatrutida no Brasil. Ele explicou que o medicamento ainda não está disponível no mercado e que deve passar por mais estudos de fase 3 antes de ser aprovado pelas agências regulatórias. Ele também disse que o custo do medicamento pode ser um obstáculo para muitos pacientes, pois ele deve ser aplicado diariamente por injeção subcutânea. Além disso, ele ressaltou que o tratamento com a retatrutida deve ser acompanhado de mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável e atividade física regular.
A retatrutida é um medicamento promissor que pode mudar a vida de muitas pessoas que sofrem com obesidade e diabetes. No entanto, ainda há um longo caminho até que ele esteja disponível para uso clínico e acessível para todos. Enquanto isso, é importante seguir as orientações médicas e adotar hábitos saudáveis para prevenir e controlar essas doenças.
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