A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que pode causar febre, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, manchas vermelhas na pele e, em alguns casos, complicações graves que podem levar à morte.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 1 milhão de casos de dengue em 2020, com 528 mortes.
Para prevenir a doença, além de eliminar os criadouros do mosquito, uma opção é a vacinação. No Brasil, já existe uma vacina contra a dengue produzida pelo laboratório japonês Takeda, que recebeu o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2019. Essa vacina protege contra quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença e tem eficácia geral de 80,2%, ou seja, reduz em 80% o risco de contrair a dengue após a vacinação.
A vacina japonesa é aplicada em três doses, com intervalo de seis meses entre elas, e pode ser usada por pessoas de 4 a 60 anos de idade. Ela já está disponível em clínicas particulares de algumas cidades brasileiras, mas ainda não faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS). Para ser oferecida pelo SUS, a vacina ainda depende da avaliação e aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), um órgão que analisa a eficácia, a segurança e o custo-benefício das novas tecnologias para a saúde pública. Esse processo pode demorar pelo menos um ano para acontecer.
Enquanto isso, o Instituto Butantan, um centro de pesquisa ligado ao governo de São Paulo, tem desenvolvido desde 2009 uma vacina brasileira contra a dengue, que chegou à fase final de testes neste ano. Essa vacina também protege contra os quatro sorotipos do vírus e apresentou eficácia de 76,89%, ou seja, reduz em quase 77% o risco de contrair a dengue após a vacinação. A vacina brasileira é aplicada em dose única e pode ser usada por pessoas de 2 a 59 anos de idade.
De acordo com nota divulgada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que colabora com a realização dos testes, a expectativa é de que em dois anos a vacina nacional esteja disponível para a população. O Instituto Butantan já solicitou à Anvisa o registro da vacina e espera obter a autorização até o final deste ano. Se isso acontecer, a vacina poderá ser produzida em larga escala e distribuída pelo SUS.
As duas vacinas contra a dengue são consideradas seguras e bem toleradas pelos voluntários que participaram dos estudos clínicos. Os efeitos colaterais mais comuns foram dor e vermelhidão no local da aplicação, dor de cabeça e febre baixa. Esses sintomas costumam desaparecer em poucos dias.
A vacinação contra a dengue é uma forma importante de prevenir a doença e suas complicações, mas não dispensa os cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor. Por isso, é recomendado manter os ambientes limpos e livres de água parada, usar repelentes e telas nas janelas e portas.
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