A obesidade é uma doença crônica e multifatorial que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Além de comprometer a qualidade de vida, a obesidade aumenta o risco de diversas complicações, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e câncer. Por isso, a perda de peso sustentada é um objetivo importante para prevenir ou tratar essas condições.
No entanto, alcançar e manter a perda de peso não é uma tarefa fácil. Muitas pessoas enfrentam dificuldades para aderir a uma dieta saudável e a um programa de exercícios físicos. Além disso, as opções farmacológicas disponíveis para o tratamento da obesidade são limitadas e nem sempre eficazes ou seguras.
Nesse contexto, surge uma nova esperança: a semaglutida oral. A semaglutida é um medicamento que pertence à classe dos agonistas do receptor do peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1), um hormônio produzido pelo intestino que regula o apetite e o metabolismo da glicose. A semaglutida já é utilizada na forma injetável (Ozempic) para o tratamento do diabetes tipo 2, e recentemente foi aprovada na forma injetável (Wegovy) para o tratamento da obesidade.
A semaglutida oral é uma versão em comprimido da semaglutida injetável, que pode ser tomada uma vez ao dia, antes do café da manhã. Ela tem a vantagem de ser mais conveniente e menos invasiva do que as injeções, o que pode aumentar a aceitação e a adesão dos pacientes.
Mas será que a semaglutida oral é tão eficaz e segura quanto a injetável? Os resultados de um ensaio clínico de fase 3 chamado OASIS 1 sugerem que sim. O estudo envolveu 1.961 adultos com obesidade ou sobrepeso, sem diabetes, que foram randomizados para receber semaglutida oral (doses de 2,5 mg, 5 mg, 10 mg ou 20 mg) ou placebo, por 68 semanas. Todos os participantes também receberam orientação sobre mudanças no estilo de vida.
Os resultados mostraram que a semaglutida oral induziu uma perda de peso significativa e dose-dependente em comparação com o placebo. A dose mais alta de 20 mg foi a mais eficaz, com uma redução média de 17% no peso corporal, equivalente a uma perda de 15 kg. Além disso, 86% dos pacientes que receberam essa dose perderam pelo menos 10% do peso inicial, e 50% perderam pelo menos 20%. Esses resultados são comparáveis aos obtidos com a semaglutida injetável.
A semaglutida oral também apresentou benefícios adicionais, como melhora da pressão arterial, dos níveis de colesterol e da inflamação. Além disso, os pacientes relataram uma melhora na qualidade de vida relacionada ao peso, com maior satisfação com a aparência física e menor impacto da obesidade nas atividades diárias.
Em relação à segurança, a semaglutida oral foi bem tolerada pela maioria dos pacientes. Os efeitos adversos mais comuns foram reações gastrointestinais, como náusea, vômito e diarreia. Esses efeitos foram transitórios e diminuíram com o tempo. Não houve casos graves de hipoglicemia ou pancreatite.
Portanto, a semaglutida oral pode ser considerada uma opção promissora para o tratamento da obesidade, com potencial para revolucionar os medicamentos para emagrecer. Ela oferece uma alternativa oral e eficaz aos pacientes que não desejam ou não podem usar as injeções. No entanto, ainda há alguns desafios a serem superados, como o custo elevado, o fornecimento adequado e a aprovação regulatória em diferentes países.
Enquanto isso, os pacientes interessados em usar a semaglutida oral devem consultar o seu médico para avaliar os benefícios e os riscos do tratamento, e seguir as orientações sobre a dose, a forma de uso e o acompanhamento clínico. Além disso, é importante lembrar que a semaglutida oral não é uma solução mágica, e que a perda de peso depende também de uma alimentação equilibrada e de uma atividade física regular.
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