A sífilis é uma doença antiga, mas que ainda afeta milhares de pessoas no Brasil.
Ela é causada por uma bactéria que pode ser transmitida por meio de relações sexuais sem proteção, pelo contato com sangue contaminado ou da mãe para o bebê durante a gravidez ou o parto. Se não for tratada, a sífilis pode causar sérios problemas de saúde, como cegueira, paralisia, demência e até morte.
Os números da sífilis no Brasil são alarmantes. De acordo com o Ministério da Saúde, de 2010 a 2020, foram notificados quase 800 mil casos de sífilis adquirida, que é a forma da doença que afeta os adultos. Somente em 2020, foram mais de 150 mil casos, o que representa um aumento de 39 vezes em relação a 2010. A taxa de incidência de sífilis adquirida no Brasil é de 72,7 casos por 100 mil habitantes, muito acima da média mundial, que é de 9 casos por 100 mil habitantes.
A sífilis também atinge as gestantes e os recém-nascidos. De 2010 a 2020, foram notificados mais de 400 mil casos de sífilis em gestantes e mais de 260 mil casos de sífilis congênita, que é a forma da doença que afeta os bebês. Somente em 2020, foram mais de 76 mil casos de sífilis em gestantes e mais de 42 mil casos de sífilis congênita. A taxa de detecção de sífilis em gestantes é de 18,4 casos por 1.000 nascidos vivos e a taxa de incidência de sífilis congênita é de 10,3 casos por 1.000 nascidos vivos.
A sífilis em gestantes e congênita pode ser prevenida com o acompanhamento pré-natal adequado e o tratamento da mãe e do parceiro. O tratamento da sífilis é simples e gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele consiste na aplicação de injeções de penicilina, um antibiótico que elimina a bactéria causadora da doença. O diagnóstico da sífilis também é fácil e rápido. Ele pode ser feito por meio de um teste que usa uma gota de sangue e dá o resultado em cerca de 15 minutos.
Apesar da facilidade do diagnóstico e do tratamento, muitas pessoas não sabem que têm a doença ou não procuram ajuda médica. Isso se deve a vários fatores, como falta de informação, vergonha, medo, preconceito e dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Além disso, muitas pessoas não apresentam sintomas ou têm sintomas leves e passageiros, como feridas nos órgãos genitais, manchas na pele ou febre. Esses sintomas podem desaparecer sem tratamento, mas isso não significa que a doença foi curada. A sífilis pode ficar latente no organismo por anos e voltar a se manifestar em estágios mais avançados e graves.
Por isso, é importante que as pessoas se previnam da sífilis e façam o teste regularmente. A principal forma de prevenção é usar preservativo em todas as relações sexuais, seja oral, vaginal ou anal. O preservativo evita o contato direto com a bactéria e reduz o risco de transmissão da doença. Outra forma de prevenção é fazer o teste rápido de sífilis pelo menos uma vez por ano ou sempre que tiver um novo parceiro sexual. O teste pode ser feito em qualquer unidade básica de saúde ou em postos volantes que são montados em locais públicos como praças, escolas e eventos.
A sífilis é uma doença grave que precisa ser combatida com informação, conscientização e ação. O Brasil tem um plano nacional para eliminar a transmissão vertical da sífilis até 2025, mas ainda há muito trabalho a ser feito para alcançar essa meta. É preciso que as pessoas se cuidem, se protejam e se tratem. A sífilis tem cura, mas pode deixar marcas irreversíveis na vida de quem a contrai. Não deixe que isso aconteça com você. Previna-se, teste-se e trate-se.
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