Refrigerantes, sucos artificiais, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, salsichas, nuggets, macarrão instantâneo e sorvetes podem ser prejudiciais à saúde e ao meio ambiente por vários motivos.
Os alimentos ultraprocessados são aqueles que passam por muitas etapas de industrialização e contêm vários aditivos químicos, como corantes, aromatizantes e conservantes. Eles também têm poucos nutrientes, como vitaminas, minerais e fibras. Esses alimentos são muito consumidos pelos brasileiros e têm um grande impacto na saúde e no meio ambiente.
Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) revelou que os ultraprocessados representam quase 60% das calorias ingeridas pela população brasileira. Além disso, eles são responsáveis por mais da metade das emissões de gases de efeito estufa associadas à alimentação no país. Os pesquisadores usaram dados de uma pesquisa nacional sobre consumo alimentar realizada em 2008-2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os ultraprocessados são classificados de acordo com um sistema chamado NOVA, que divide os alimentos em quatro grupos: naturais ou minimamente processados (como frutas, verduras, ovos e leite), ingredientes culinários (como óleos, açúcar e sal), processados (como queijos, pães e carnes salgadas) e ultraprocessados (como refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos e nuggets).
O consumo excessivo de ultraprocessados está relacionado ao aumento do risco de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes tipo 2 e câncer. Essas doenças são as principais causas de morte no Brasil e no mundo. Os ultraprocessados também afetam a biodiversidade e a cultura alimentar dos povos.
Para reduzir o consumo de ultraprocessados e melhorar a qualidade da alimentação, os especialistas recomendam seguir algumas orientações: preferir os alimentos naturais ou minimamente processados aos processados ou ultraprocessados; evitar os produtos com muitos ingredientes desconhecidos ou impronunciáveis; ler os rótulos dos alimentos com atenção; cozinhar mais em casa; valorizar a diversidade dos alimentos regionais; apoiar a agricultura familiar; participar de movimentos sociais pela soberania alimentar.
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