O melanoma é um tipo de câncer de pele que se origina nas células que produzem pigmento, chamadas melanócitos. É considerado o mais grave e letal entre os cânceres de pele, pois tem alta capacidade de se espalhar pelo corpo e formar metástases. A cirurgia é o principal tratamento, mas muitas vezes não é suficiente…
Uma nova esperança para os pacientes com melanoma vem da tecnologia de RNA mensageiro (RNAm), a mesma usada nas vacinas contra a Covid-19. Pesquisadores das empresas Moderna e Merck estão testando uma terapia que combina uma vacina personalizada de RNAm com um medicamento de imunoterapia, chamado Keytruda. O objetivo é estimular o sistema imunológico a reconhecer e atacar as células cancerígenas com base nas mutações específicas de cada tumor.
Em um estudo de fase 2, apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), os cientistas mostraram que essa abordagem reduziu em 65% o risco de metástases ou morte em comparação com o uso isolado do Keytruda. O ensaio envolveu 157 pacientes com melanoma de alto risco, nos estágios III e IV, que fizeram a terapia após a cirurgia.
Os resultados são promissores e animadores, pois indicam que a vacina personalizada pode aumentar a eficácia da imunoterapia e oferecer uma chance maior de cura ou controle da doença. Os pesquisadores pretendem avançar para a fase 3 do estudo ainda neste ano e testar a terapia em outros tipos de câncer, como o de pulmão.
A vacina personalizada funciona da seguinte forma: os antígenos específicos do câncer de cada paciente são identificados em laboratório e usados para produzir uma molécula de RNAm que codifica essas proteínas. Essa molécula é injetada no paciente, que passa a produzir os antígenos em suas próprias células. Isso faz com que o sistema imunológico reconheça essas proteínas como estranhas e as ataque, junto com as células tumorais que as expressam. O Keytruda, por sua vez, é um anticorpo que bloqueia uma via que impede o sistema imunológico de combater o câncer.
A tecnologia de RNAm é uma das mais inovadoras e versáteis da biotecnologia atual. Além das vacinas contra a Covid-19, ela pode ser usada para tratar diversas doenças, como infecções, alergias, doenças genéticas e câncer. A vantagem é que o RNAm pode ser facilmente modificado para codificar diferentes proteínas, conforme a necessidade de cada paciente ou situação.
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