A situação econômica da Argentina é crítica. O país enfrenta uma inflação de 100% ao ano, uma escassez de dólares e um risco de não pagar suas dívidas externas. Para tentar evitar um novo colapso financeiro, o presidente Alberto Fernández veio ao Brasil nesta terça-feira (2) em busca de apoio do seu aliado, o presidente Lula.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, o Brasil vai propor a criação de uma linha de crédito para que a Argentina possa comprar produtos brasileiros e aliviar sua situação cambial.
A ideia é usar recursos do Banco dos BRICS, presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff, e do BNDES, que já foi usado no passado para emprestar dinheiro a ditaduras amigas. A garantia dos créditos seria o Tesouro Nacional, ou seja, o contribuinte brasileiro.
A iniciativa do governo Lula é vista com ceticismo por analistas econômicos, que lembram que a Argentina já deu dois dos maiores calotes da história mundial em menos de 30 anos e que sua política fiscal é típica de populistas peronistas, que levaram o país à ruína. Além disso, a ajuda brasileira pode gerar atritos com os credores internacionais da Argentina, como o FMI e os Estados Unidos.