Walter Delgatti Neto é um hacker que ficou famoso por invadir celulares de autoridades da Operação Lava Jato e por supostos crimes praticados em colaboração com a deputada federal Carla Zambelli.
Ele está envolvido em vários escândalos que abalaram a política brasileira nos últimos anos.
Delgatti tem 33 anos e é natural de Araraquara, São Paulo. Ele foi preso pela primeira vez em 2015 por falsidade ideológica ao se passar por um delegado e portar armas no carro. Em 2019, ele foi preso novamente pela Polícia Federal por invadir as contas do aplicativo Telegram de várias autoridades, como o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, e vazar as mensagens para o site The Intercept Brasil. Esse episódio ficou conhecido como “Vaza Jato”.
As mensagens revelaram supostas irregularidades na condução da Lava Jato, como a parcialidade de Moro e a coordenação entre os procuradores e o juiz. Essas revelações abalaram a credibilidade da operação e tiveram repercussões jurídicas e políticas, como a anulação das condenações do ex-presidente Lula e a queda de popularidade de Moro.
Delgatti disse que agiu por motivação ideológica e que não recebeu dinheiro ou ajuda de ninguém para hackear as autoridades. Ele afirmou que escolheu o The Intercept Brasil por ser um veículo independente e que não tinha contato direto com o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site.
Em 2020, Delgatti foi solto com tornozeleira eletrônica e com restrição do uso de internet. No entanto, ele continuou envolvido em atividades ilícitas, segundo as investigações da Polícia Federal. Em 2022, ele disse ter sido levado pela deputada Carla Zambelli para um encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, onde teria recebido a promessa de um indulto caso fosse preso por uma ação contra as urnas eletrônicas.
Delgatti afirmou que Zambelli o contratou para invadir os sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e inserir provas falsas de fraude nas eleições de 2022, que foram vencidas pelo candidato da oposição João Doria. Ele disse que recebeu R$ 5 milhões da deputada para realizar o serviço, mas que não conseguiu executá-lo por falta de tempo.
Em 2023, Delgatti foi preso mais uma vez por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Ele disse que o falso documento foi redigido pela deputada Zambelli e que tinha como objetivo intimidar Moraes, que era o relator de vários inquéritos contra Bolsonaro e seus aliados no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em agosto de 2023, Delgatti prestou depoimento à CPI dos Atos Golpistas no Congresso Nacional e fez várias acusações contra Bolsonaro e seus aliados. Ele apresentou áudios, vídeos e documentos que comprovariam sua participação nos planos golpistas do ex-presidente. Ele também disse que tinha mais informações comprometedoras sobre outros políticos, empresários e jornalistas.
Delgatti está atualmente preso na Penitenciária Federal de Brasília, onde aguarda julgamento pelos crimes que cometeu. Ele é considerado um dos hackers mais habilidosos do país, mas também um dos mais polêmicos. Suas ações tiveram impactos profundos na história recente do Brasil.
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