A tuberculose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões, mas pode atingir outros órgãos do corpo.
A doença é transmitida pelo ar, quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala. Os sintomas mais comuns são tosse persistente, febre, suor noturno, perda de peso e falta de ar. A tuberculose tem cura, mas requer um tratamento longo e rigoroso, com medicamentos específicos.
No Brasil, a tuberculose é um grave problema de saúde pública, que mata cerca de 4 mil pessoas por ano. O país ocupa o 18º lugar no ranking mundial de casos da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2020, foram registrados mais de 66 mil casos novos de tuberculose no Brasil, sendo que 13% deles ocorreram no estado do Rio de Janeiro.
O Rio de Janeiro é o estado com as maiores taxas de incidência e mortalidade pela tuberculose no país. Em 2020, foram notificados mais de 8,6 mil casos novos e 1.050 óbitos pela doença no estado. A capital fluminense é a cidade com o maior número absoluto de casos e mortes por tuberculose no Brasil.
A situação crítica da tuberculose no Rio de Janeiro está relacionada a diversos fatores socioeconômicos e ambientais, como pobreza, desigualdade, violência, falta de saneamento básico, aglomeração urbana e coinfecção pelo HIV. Esses fatores dificultam o acesso aos serviços de saúde, o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e a prevenção da doença.
Para enfrentar esse cenário, são necessárias estratégias integradas e intersetoriais de controle e combate à tuberculose, envolvendo os governos, as instituições de pesquisa, as organizações da sociedade civil e os próprios pacientes. Algumas dessas estratégias são: ampliar a cobertura da atenção primária à saúde; fortalecer a vigilância epidemiológica; melhorar a qualidade do diagnóstico e do tratamento; promover a educação em saúde; incentivar a participação social; e apoiar a pesquisa e a inovação.
Nesse sentido, o dia 6 de agosto é celebrado como o Dia de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose no Rio de Janeiro. A data foi instituída em homenagem ao médico sanitarista Carlos Chagas, que nasceu nesse dia em 1879 e foi um dos pioneiros no estudo da tuberculose no Brasil. O objetivo da data é alertar a população sobre os riscos e os cuidados com a doença, bem como estimular ações de prevenção e controle.
Um dos principais atores na luta contra a tuberculose no Rio de Janeiro é o Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF), da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). O centro é uma unidade especializada em diagnóstico, tratamento e pesquisa sobre a tuberculose, que atende pacientes do estado do Rio de Janeiro e de outras regiões do país. O CRPHF também desenvolve projetos de capacitação profissional, cooperação técnica e assessoria em políticas públicas sobre a doença.
Segundo Margareth Dalcolmo, pneumologista e pesquisadora do CRPHF, a tuberculose no Rio de Janeiro é um “desafio histórico” que exige “uma resposta à altura”. Ela afirma que é preciso “romper o ciclo da pobreza” que alimenta a doença e “garantir o direito à saúde” para todos os cidadãos. Já Afrânio Kritski, médico e coordenador do Programa Acadêmico em Tuberculose da UFRJ, destaca que a tuberculose é uma “doença social” que reflete as “desigualdades estruturais” da sociedade. Ele defende que é necessário “investir em ciência” para desenvolver novas ferramentas de diagnóstico, tratamento e prevenção.
Gosta do nosso conteúdo?
Este texto foi gerado com o auxílio de ferramentas de IA. Viu algum erro? Avise!