Infecções causadas por bactérias que não respondem aos antibióticos são um problema grave de saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas podem matar até 10 milhões de pessoas por ano até 2050. Por isso, é urgente encontrar novas formas de combater esses microrganismos.
Uma das possibilidades é usar a inteligência artificial (IA) para descobrir novos medicamentos que possam atacar as bactérias resistentes. É o que fez um grupo de cientistas dos Estados Unidos e da China, que publicou um estudo na revista Nature Communications.
Os pesquisadores usaram uma técnica chamada aprendizado profundo, que permite que os computadores aprendam com grandes quantidades de dados. Eles treinaram uma rede neural artificial para analisar as estruturas químicas de mais de 1,5 milhão de compostos e identificar quais tinham potencial para matar bactérias.
Depois, eles testaram os candidatos mais promissores em laboratório e encontraram um que se mostrou eficaz contra quatro tipos de bactérias resistentes a antibióticos, incluindo a temida Staphylococcus aureus, causadora de infecções na pele e no sangue.
O composto, chamado halicina, é derivado de um medicamento usado para tratar diabetes tipo 2. Ele atua de forma diferente dos antibióticos convencionais, interferindo na capacidade das bactérias de manter o equilíbrio elétrico nas suas membranas celulares.
Os cientistas também testaram o halicina em ratos infectados com uma cepa resistente de Acinetobacter baumannii, uma bactéria que pode causar pneumonia e infecções urinárias. Eles observaram que o composto conseguiu curar os animais em 24 horas.
Os resultados são animadores, mas ainda são necessários mais testes para verificar a segurança e a eficácia do halicina em humanos. Além disso, os pesquisadores pretendem usar a IA para explorar outras fontes de novos medicamentos, como plantas medicinais e microbiomas.
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