O depoimento de Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook que apresentou documentos e relatos sobre como a rede social priorizou o algoritmo para gerar engajamento e alimentar o discurso de ódio, fez com que a regulamentação das redes sociais voltasse à pauta.
Segundo Guilherme Sampaio, especialista em Direito e Tecnologia, a denúncia vai gerar discussão em tudo o mundo sobre como essas empresas devem ser reguladas.
“Todos querem ter o controle sobre a população, mesmo que isso seja errado. Países como China e Rússia, onde o controle do governo na internet é maior, servem de exemplo para países ocidentais que não querem mais deixar esses dados de posse de empresas privadas e, muitas vezes, estrangeiras”, disse ele.
Embora o depoimento de Frances pareça uma bomba e possa ser usado para benefício político, Guilherme diz que a discussão é válida.
“A regulamentação dessas plataformas não significa o fim das liberdades, desde que seja feita por um órgão independente. O Brasil é um bom exemplo de democracia sólida, com órgãos reguladores que funcionam há anos independente do governo”, disse ele.
A regulamentação da internet ainda é algo distante para maioria das democracias, mas segundo Guilherme, episódios como o de Frances Haugen podem acelerar essa discussão.
“Não acredito que países como o Brasil vão regular o uso da internet dentro de pouco tempo apenas pelo depoimento dela, mas sem dúvida alguns grupos políticos vão usar o episódio para defender maior controle estatal sobre essas empresas”, completou.
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