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Dia Mundial de Combate à Aids: como a homofobia e a discriminação aumentam o risco de infecção pelo HIV entre os homossexuais

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O HIV é o vírus que causa a Aids, uma doença que afeta o sistema imunológico e pode levar à morte por infecções oportunistas.

A transmissão do HIV ocorre principalmente por meio de relações sexuais sem preservativo, mas também pode acontecer por transfusão de sangue contaminado, uso de drogas injetáveis com seringas compartilhadas e de mãe para filho durante a gravidez, o parto ou a amamentação.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os homossexuais têm 20 vezes mais risco de contrair o HIV do que o restante da população. Isso se deve a vários fatores, como a maior vulnerabilidade biológica do sexo anal, a falta de acesso a serviços de saúde adequados, o estigma e a discriminação que sofrem na sociedade e a baixa percepção do risco de infecção.

O sexo anal é considerado uma prática de maior risco para o HIV porque a mucosa do ânus é mais fina e mais propensa a se romper durante a penetração, facilitando a entrada do vírus na corrente sanguínea. Além disso, o esperma contém uma alta concentração de HIV e pode permanecer no reto por mais tempo, aumentando as chances de infecção. Por isso, é essencial o uso do preservativo em todas as relações sexuais, seja oral, vaginal ou anal.

Outro fator que contribui para a maior exposição dos homossexuais ao HIV é a dificuldade de acesso a serviços de saúde que ofereçam prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento adequados. Muitas vezes, os homossexuais enfrentam barreiras como a homofobia, o preconceito, a violência e a exclusão social, que os impedem de buscar ajuda médica ou de revelar sua orientação sexual aos profissionais de saúde. Isso pode comprometer a qualidade do atendimento e a adesão ao tratamento.

Além disso, muitos homossexuais têm uma baixa percepção do risco de contrair o HIV, seja por falta de informação, por confiança no parceiro ou por uso de álcool e outras drogas que podem afetar o julgamento e a tomada de decisão. Esses fatores podem levar a comportamentos de risco, como não usar preservativo, ter múltiplos parceiros ou não fazer o teste de HIV regularmente.

Os homossexuais não são os únicos que fazem parte do grupo de risco para o HIV. Outros grupos que também têm uma maior vulnerabilidade são os transexuais, os usuários de drogas injetáveis, as profissionais do sexo, os presidiários, os indígenas e as populações em situação de rua. Esses grupos sofrem com a marginalização, a pobreza, a violação de direitos humanos e a falta de oportunidades, que os tornam mais suscetíveis à infecção pelo HIV.

O Dia Mundial de Combate à Aids é celebrado em 1º de dezembro e tem como objetivo alertar a sociedade sobre essa doença, que ainda não tem cura, mas pode ser controlada com o tratamento adequado. A data também é uma oportunidade para promover a solidariedade, a compaixão e a tolerância com as pessoas que vivem com HIV e para combater o estigma e a discriminação que elas sofrem.

A Aids é uma doença que não escolhe idade, gênero, raça, classe social ou orientação sexual. Qualquer pessoa que se expõe ao risco de infecção pelo HIV pode contrair a doença. Por isso, é importante se informar, se prevenir e se testar. O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento o quanto antes e evitar as complicações da Aids. O tratamento é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

Lembre-se: o HIV não se pega com um abraço, um beijo, um aperto de mão ou um copo de água. O HIV se pega com sexo sem camisinha, com sangue contaminado ou de mãe para filho. Proteja-se e proteja quem você ama. Faça o teste de HIV. Se der positivo, inicie o tratamento. Juntos podemos acabar com a Aids.

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