As panelas antiaderentes são muito práticas e populares na cozinha, pois permitem cozinhar os alimentos sem grudar e sem usar muito óleo.
No entanto, muitas pessoas têm dúvidas sobre a segurança desses utensílios e se eles podem causar algum dano à saúde. Será que as panelas antiaderentes podem provocar câncer? A resposta é: depende.
O que são as panelas antiaderentes?
As panelas antiaderentes são aquelas que possuem um revestimento especial que impede que os alimentos grudem na superfície. Esse revestimento pode ser feito de diferentes materiais, como cerâmica, silicone, esmalte ou politetrafluoretileno (PTFE), mais conhecido pelo nome comercial Teflon.
O Teflon é uma marca registrada da empresa DuPont, que criou esse material em 1938. Ele é composto por uma cadeia de átomos de carbono e flúor, que formam uma molécula muito estável e resistente ao calor. Por isso, ele é usado não só em panelas, mas também em roupas, carpetes, fios elétricos e até em implantes médicos.
Quais são os riscos das panelas antiaderentes?
Apesar de ser um material muito versátil, o Teflon também tem seus problemas. Um deles é que, para fabricá-lo, era usado um produto químico chamado ácido perfluoro-octanóico (PFOA), que pertence a um grupo de substâncias artificiais conhecidas como per-e polifluoroalquil (PFAS).
As PFAS são usadas para conceder antiaderência, impermeabilidade e resistência a manchas a diversos produtos. No entanto, elas também são persistentes no ambiente e no organismo humano, podendo causar diversos efeitos adversos à saúde, como alterações hormonais, problemas reprodutivos, imunológicos e hepáticos.
Um estudo da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, mostrou que uma das PFAS, o sulfonato de perfluorooctano (PFOS), está diretamente ligado ao tipo mais comum de câncer de fígado, o carcinoma hepatocelular não viral. O resultado indica que o uso do produto aumenta em 4,5 vezes o risco de desenvolver a doença.
O PFOS era usado na fabricação do Teflon até 2013, quando a DuPont e outras empresas se comprometeram a eliminar o uso do PFOA e de outras PFAS na produção de seus produtos. Portanto, as panelas antiaderentes atuais não contêm essas substâncias e não apresentam risco de câncer.
No entanto, isso não significa que elas sejam totalmente seguras. Se o revestimento de Teflon for danificado por arranhões ou altas temperaturas, ele pode liberar partículas e gases tóxicos que podem causar irritação nos olhos, nariz e garganta, além de febre e mal-estar. Essa condição é chamada de “gripe do polímero” ou “gripe do Teflon”.
Além disso, existem outros tipos de panelas que podem oferecer riscos à saúde se forem usadas de forma inadequada ou se estiverem em mau estado. Por exemplo, as panelas de alumínio podem liberar esse metal na comida e causar problemas neurológicos, como Alzheimer. As panelas de cobre também podem soltar esse metal na comida e provocar intoxicação se não tiverem um revestimento adequado.
Como escolher a melhor panela para a sua saúde?
Diante desses fatos, você pode estar se perguntando qual é a melhor opção de panela para a sua saúde. A verdade é que não há uma resposta definitiva para essa questão, pois cada tipo de panela tem suas vantagens e desvantagens. O mais importante é saber como usar e conservar cada uma delas.
Algumas dicas para escolher e cuidar das suas panelas são:
- Prefira as panelas antiaderentes livres de PFOA e PFOS. Verifique na embalagem ou no site do fabricante se o produto tem essa informação.
- Não use utensílios metálicos ou abrasivos nas panelas antiaderentes, pois eles podem arranhar o revestimento. Use apenas colheres de madeira, silicone ou nylon.
- Não aqueça as panelas antiaderentes vazias ou em fogo alto, pois elas podem atingir temperaturas acima de 260°C e liberar gases tóxicos. Use sempre fogo baixo ou médio e coloque um pouco de óleo ou água antes de colocar os alimentos.
- Descarte as panelas antiaderentes que estiverem com o revestimento danificado, rachado ou descascado. Elas podem soltar partículas na comida e causar intoxicação.
- Evite as panelas de alumínio, pois elas podem liberar esse metal na comida, especialmente se forem usadas para cozinhar alimentos ácidos, como tomate, limão ou vinagre. Se for usar, prefira as que têm um revestimento interno de outro material, como cerâmica ou esmalte.
- Cuidado com as panelas de cobre, pois elas também podem soltar esse metal na comida e causar intoxicação. Se for usar, prefira as que têm um revestimento interno de outro material, como aço inoxidável ou estanho.
- As panelas de ferro são boas opções para cozinhar carnes e vegetais, pois elas mantêm o calor por mais tempo e podem até contribuir para a ingestão desse mineral. No entanto, elas também podem liberar ferro na comida e causar problemas para quem tem excesso desse metal no organismo. Além disso, elas exigem uma manutenção cuidadosa para evitar a ferrugem.
- As panelas de aço inoxidável são resistentes, duráveis e não liberam metais na comida. No entanto, elas não são muito boas para distribuir o calor e podem queimar os alimentos com facilidade. Por isso, é melhor usar as que têm um fundo triplo ou térmico, que contém uma camada de alumínio ou cobre entre duas camadas de aço.
- As panelas de cerâmica são bonitas, versáteis e não liberam substâncias tóxicas na comida. No entanto, elas podem ser frágeis e quebrar com facilidade. Além disso, é preciso verificar se elas não contêm chumbo ou cádmio na sua composição, pois esses metais podem ser prejudiciais à saúde.
Como você pode ver, não existe uma panela perfeita para a sua saúde. O que existe é uma panela adequada para cada tipo de alimento e de preparo. O mais importante é saber como usar e conservar cada uma delas e ficar atento aos sinais de desgaste ou dano. Assim, você pode cozinhar com segurança e sabor.
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