O feijão é um alimento tradicional e nutritivo na culinária brasileira, mas vem perdendo espaço no prato dos consumidores nos últimos anos.
Segundo dados da Cogo – Inteligência em Agronegócio, o consumo per capita de feijão no Brasil caiu 42,5% nos últimos 40 anos, passando de 24,9 quilos por habitante ao ano para 14,3 kg/habitante/ano. No mesmo período, o arroz também registrou queda de 35,1%, saindo de 52,2 kg/habitante/ano para 33,9 kg/habitante/ano.
Mas por que os brasileiros estão comendo menos feijão? Quais são as consequências dessa mudança alimentar? E como reverter essa tendência?
Uma das razões apontadas para a redução do consumo de feijão é o aumento da oferta e da preferência por alimentos ultraprocessados, que são mais práticos e baratos, mas também mais pobres em nutrientes e mais ricos em gordura, açúcar e sal. Esses alimentos podem contribuir para o aumento da obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão .
Outro fator que influencia na diminuição do consumo de feijão é a redução da área de cultivo dessa leguminosa no país. Entre 1990 e 2020, a área plantada com as três safras de feijão no Brasil encolheu 42%, caindo de 5 milhões de hectares para 2,9 milhões de hectares. Isso se deve à menor rentabilidade do feijão em relação a outras culturas agrícolas e à maior vulnerabilidade às variações climáticas.
A redução do consumo de feijão pode trazer prejuízos à saúde e à cultura dos brasileiros. O feijão é uma fonte importante de proteína vegetal, ferro, cálcio, potássio e fibras. Além disso, ele faz parte da identidade gastronômica nacional e está presente em diversos pratos típicos regionais.
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