Nos últimos dois anos, a região metropolitana do Rio de Janeiro registrou mais de 13 mil tiroteios, em média, 18 por dia, de acordo com dados da plataforma colaborativa Fogo Cruzado. Nesse período, ao menos 5.524 pessoas foram baleadas e, destas, mais de 2.800 morreram.
Em relatório divulgado nessa quarta-feira (18), o laboratório de dados sobre violência armada Fogo Cruzado fez um balanço dos registros desde que a plataforma entrou em funcionamento, em julho de 2016.
De acordo com o relatório, os dados mostram a dinâmica e a sensação de insegurança provocada pela violência armada na região metropolitana no Rio, especialmente na capital, São Gonçalo, Niterói e Baixada Fluminense.
O mês de maio de 2018 foi o que registrou o maior número de tiroteios desde o lançamento do Fogo Cruzado, com 903 notificações, uma média de 29 tiroteios por dia. E março de 2018 foi o mês com o maior número de ocorrências de mortes, um total de 163 mortes.
A capital foi a que mais registrou tiroteios, com 8.700 ocorrências, seguida de São Gonçalo, Niterói, Duque de Caxias e Belford Roxo. No município do Rio de Janeiro, os bairros da Cidade de Deus e do Complexo do Alemão foram os campeões, vindo em seguida a Praça Seca.
O relatório do Fogo Cruzado aponta que 25 crianças e adolescentes foram mortos em 2018 por arma de fogo na região metropolitana do Rio de Janeiro. Houve 29 feridos. A capital liderou os rankings com 12 menores de idade mortos e 19 feridos.
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Desde o início de 2017, o Fogo Cruzado começou a acompanhar casos de chacina, que resultaram em três ou mais civis mortos por arma de fogo. Em um ano e meio, foram 78 episódios e um total de 299 vítimas fatais, 29 só na capital.
Em dois anos, o laboratório de dados Fogo Cruzado também mapeou 261 agentes de segurança mortos e 499 feridos na região metropolitana do Rio de Janeiro. O mês de janeiro de 2017 foi o que registrou o maior número de policiais mortos, com 21. O mês de agosto de 2016 teve o maior número de feridos, com 43.
As informações da plataforma do Fogo Cruzado são coletadas na imprensa, policiais e usuários.
A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Segurança Pública para comentar os dados, mas, até o fechamento da matéria, não houve resposta. Por Radioagência Nacional.