O Exército Brasileiro gasta mais de R$ 7 bilhões por ano em pensões para viúvas e órfãos de generais, o que é mais do que o salário de todos os cabos e soldados juntos.
Essa prática, que é legal, ocorre porque os militares contribuem em vida para o pagamento dessas pensões, e alguns oficiais deixam pensões para seus herdeiros mesmo depois de mortos. Essas pensões são conhecidas como “mortos vivos de farda”.
Isso ocorre em um momento em que o país precisa de recursos para financiar ações que reduzam a desigualdade e a criminalidade, por exemplo. Além disso, os números são alarmantes. Só nos últimos três anos, mais de R$ 3,7 bilhões foram gastos com heranças de militares e generais.
Outro problema é que existem mais generais no Brasil do que soldados nos Estados Unidos, que têm um contingente muito maior e participam de guerras todos os anos.
Essa situação é uma anomalia que deve ser combatida. Assim como as “rachadinhas” no Legislativo e no Judiciário, essa prática é um absurdo que deve ser atacado. A perpetuação dessas pensões é um exemplo da falta de bom uso dos recursos públicos e da má gestão pública.
É importante lembrar que as forças armadas têm uma grande importância, mas isso não justifica o pagamento de pensões tão altas para viúvas e órfãos de generais.