A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tuberculose é a principal causa de morte por doença infecciosa no mundo, com cerca de 1,4 milhão de óbitos em 2019.
Para combater essa doença, é fundamental ter um diagnóstico rápido, preciso e acessível, que permita iniciar o tratamento adequado o quanto antes. No entanto, os métodos disponíveis atualmente têm limitações como alto custo, baixa sensibilidade ou demora na entrega dos resultados.
Por isso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto de Pesquisa Médica da Índia (ICMR) firmaram uma parceria para desenvolver um novo teste diagnóstico para tuberculose, baseado na detecção de anticorpos específicos contra a bactéria no sangue dos pacientes.
O projeto conta com a participação de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), do Instituto Nacional de Pesquisa em Tuberculose (NIRT) e do Instituto Nacional de Imunologia (NII), ambos da Índia. A iniciativa tem o apoio da Rede Internacional de Pesquisa em Tuberculose (TB-IRN), financiada pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID).
O objetivo é desenvolver um teste rápido, simples e barato, que possa ser usado em locais com poucos recursos e sem necessidade de equipamentos sofisticados. O teste consiste em um dispositivo semelhante a um palito, que contém uma tira reagente com antígenos da bactéria. Ao entrar em contato com uma gota de sangue do paciente, a tira reagente muda de cor se houver anticorpos contra a bactéria no sangue.
Os pesquisadores já identificaram alguns antígenos candidatos para compor o teste, que estão sendo avaliados em amostras de sangue de pacientes com tuberculose da Índia e do Brasil. A expectativa é que o teste esteja pronto para validação clínica em dois anos.
O novo teste diagnóstico para tuberculose pode contribuir para reduzir a carga dessa doença no mundo, especialmente nos países em desenvolvimento, onde ela é mais prevalente. Além disso, pode facilitar o monitoramento da resposta ao tratamento e a detecção de casos de resistência aos antibióticos.
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